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Policial conta em vídeo perfil do serial Killer do DF; ‘Lázaro não quer morrer’

Buscas chegam ao 16º dia em Girassol, na região de Cocalzinho de Goiás (GO).

Mais um dia de buscas terminou sem pistas do paradeiro de Lázaro Barbosa, de 32 anos, conhecido como o “serial Killer do DF”, após cometer uma série de crimes, como roubos e sequestros que deixaram quatro pessoas baleadas família inteira assassinada no Distrito Federal.

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As operações continuam nesta quinta-feira (24), em Girassol, na região de Cocalzinho de Goiás (GO), marcando o 16º dia em que o acusado continua foragido.

Apesar dos esforços, um policial que já embarcou em uma caçada pro Lázaro quando ele esteve foragido na Bahia assassino em 2008, revelou que não tem esperanças que os agentes o encontrem em entrevista ao jornal Metrópoles.

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“A polícia não vai prendê-lo. Ainda acredito que, quando se sentir encurralado, ele vai pedir para se entregar sem lesões, que é o perfil dele. O Lázaro não quer morrer”, explicou Walter Lourenço dos Santos, de 59 anos, comandou as buscas pelo assassino na caatinga baiana.

Na época, Lázaro assassinou o próprio amigo José Carlos Benício de Oliveira e o desafeto Manoel Desidério da Silva. A estratégia de fuga foi a mesma e o criminoso permaneceu invadindo casas, roubando alimentos, roupas, uma arma e um carro.

De acordo com o jornal Agora RN, Lázaro explicou para integrantes de uma família sequestrada em 10 d e junho a motivação dos seus crimes. Ele afirmou que nem sempre foi criminoso e que se considerava evangélico, inclusive frequentava a igreja.

“Ele relatou que, inclusive, tocava guitarra e baixo na igreja. Ele ficou extremamente nervoso quando disse que a Justiça ameaçava tirar a guarda da filha que estava sob os cuidados de sua companheira”, contou a vítima.

Ao falar sobre o assunto, chegou a ameaçar que “mataria mais que Corona” caso a filha ficasse sob a tutela do Estado, comparando sua matança aos 507 mil de mortes provocadas pela pandemia de coronavírus.

O portal A Nova Democracia relembrou a denuncia de lideranças locais de religiões de matriz africana, que acusaram os policiais de invadir terreiros em cidades de Goiás e ameaçar pessoas.

«Estamos sofrendo, neste momento estou falando pela dor de muitas casas, sofrendo invasões constantes de polícias de vários comandos, não dá nem para saber qual, violando nossos sagrados, colocando rifles na nossa cabeça sob acusação de que estamos acoitando o Lázaro», revelou Tata Ngunzetala, líder de mais de 30 casas de Candomblé, em Águas Lindas de Goiás e região.

De acordo com as denúncias, policiais estão vasculhando também telefones e computadores, tudo isto sem qualquer mandado judicial.

«Perguntam constantemente qual última vez que vimos Lázaro e nós respondendo o tempo todo que não temos nenhuma vinculação, nem nossas casas, nem nossas tradições com crimes e qualquer situação civil que a polícia e a Justiça têm que dar conta, e não colocar nossas casas e lideranças sob suspeitas», afirmou.

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A esposa de Lazáro também revelou em uma entrevista que a foi torturada por policiais para que revelasse o paradeiro do marido.

“O policial deu três, quatro tapas no meu rosto. Ele quebrou o rodo da minha tia e ia me bater com o cabo. Eu pensei comigo: ‘Senhor [referindo-se a deus], eu não acho justo eu apanhar com esse cabo de vassoura. O senhor sabe que eu não sei onde ele está’”, relembrou. 

A mulher de 19 anos também teme a fúria da população, pois recebe ameaças de pessoas que podem atentar contra a sua vida.

«Muitos estão falando que eu era cúmplice, que eu sabia de tudo, que eu tinha que morrer. Hoje mesmo uma mulher me falou para eu não ficar andando na rua, porque tem muita gente comentando: por que não mata a mulher dele? Corta o pescoço dela para ver se atinge ele, se ele se entrega”, contou.

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