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Jogadora de vôlei é decapitada por combatentes do Talibã

Mahjabin Hakimi foi decapitada pelo Talibã durante uma suposta ofensiva contra atletas mulheres em Cabul.

Mahjabin Hakimi foi decapitada pelo Talibã

Uma jogadora da seleção feminina de vôlei do Afeganistão foi decapitada pelo Talibã e teve imagens de seu corpo compartilhadas nas redes sociais pelo grupo extremista. A denúncia foi feita por um de seus treinadores que permanece anônimo com medo de represálias.

Conforme notícia publicada no New York Post, Mahjabin Hakimi era uma das melhores jogadoras do Clube de Voleibol de Cabul. Segundo declaração de seu técnico ao Persian Independent, ela teria sido morta na capital durante uma ofensiva do Talibã contra atletas mulheres.

Aparentemente a execução aconteceu no começo de outubro, mas a morte da jovem atleta permaneceu em segredo após sua família ter sido ameaça para não levar o caso a público. As informações foram disponibilizadas por um de seus treinadores que assinou sob pseudônimo de Suraya Afzali.

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Informações conflitantes foram divulgadas por meio de relatórios publicados online. Segundo estes dados, a execução da atleta teria acontecido no dia 13 de agosto, apenas alguns dias antes do grupo extremista retomar o controle sobre a capital do país.

No entanto, uma apuração realizada pelo Centro de Jornalismo Investigativo Payk confirmou que o caso é recente e que Mahjabin Hakimi “foi decapitada pelo Talibã em Cabul”.

Até o momento o Talibã não se pronunciou sobre o caso.

Imagens do corpo da jovem jogadora de vôlei foram compartilhadas em redes sociais afegãs

Em sua declaração, Afzali conta que foi a público trazer a história de Mahjabin para reforçar o risco que as atletas afegãs estão correndo após a retomada do poder pelo grupo extremista. Segundo o treinador, somente duas mulheres da seleção nacional de vôlei conseguiram deixar o país em segurança.

“Todas as jogadoras do time e o restante das atletas estão em uma situação péssima, desesperadas e com medo. Todas foram forçadas a fugir e viver em lugares desconhecidos”.

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Zahra Fayazi foi uma das jogadoras que conseguiu escapar do país. De sua casa no Reino Unido, ela conversou com a BBC no mês passado, quando afirmou que ao menos uma das jogadoras foi morta. “Não queremos que isso aconteça com outras jogadoras. Muitas são de províncias e foram ameaçadas até mesmo pelos próprios parentes que são integrantes do Talibã”.

Segundo ela, o Talibã também solicitou às famílias das atletas que as proibissem de praticar esportes, caso contrário elas seriam “confrontadas com uma violência inesperada”.

“Elas até queimaram seus equipamentos esportivos para salvar a si próprias e suas famílias. Elas não queriam que eles mantivessem nada relacionado ao esporte e estão com medo”, declarou Zahra.

Outa jogadora que também conseguiu escapar e atende pelo nome de Sophia, declarou que todos ficaram “chocados” quando souberam que uma das meninas foi morta. “Tenho certeza de que foi o Talibã. Talvez ainda vamos perder outras amigas”.

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