Uma explosão causada por um homem-bomba deixou dezenas de mortos e mais de 100 feridos em uma mesquita afegã. O atentado aconteceu durante as orações de sexta-feira em uma mesquita xiita na província de Kunduz. A responsabilidade pelo ataque foi assumida pelo Estado Islâmico.
Conforme notícia divulgada pelo The Mirror, até o momento foram registrados 46 mortos e 143 feridos, mas autoridades locais informaram que o número pode ser superior, entre 70 e 80 mortos.
A missão das Nações Unidas no Afeganistão classificou o ataque como sendo parte de um perturbador padrão de violência que vem se intensificando nos últimos dias, com ataques a outras mesquitas e escolas religiosas. Alguns dos ataques foram reivindicados pelo Estado Islâmico, cujo combatentes são sunitas.
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Os ataques reforçam os problemas de segurança que o Talibã terá de enfrentar em seu novo governo. Desde a retomada do poder, o grupo extremista vem realizando diversas operações contra as células do Estado Islâmico em Cabul.
Homem-bomba mata e fere dezenas em mesquita
Os atentados vem apenas algumas semanas após o presidente norte-americano, Joe Biden, alertar sobre o “risco crescente de ataques” realizados pela célula Afegã do Estado Islâmico, uma vez que são “inimigos jurados” do Talibã.
O Estado Islâmico Khorasan, é a célula da província da Ásia Central do Estado Islâmico. Eles atuam na região do Irã, Ásia Central, Afeganistão e Paquistão.
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Um relatório de 2018 aponta que a célula foi responsável por aproximadamente 100 ataques contra civis no Afeganistão e Paquistão, além de 250 confrontos com as forças e segurança norte-americanas desde janeiro de 2017.
Em aviso, Biden afirmou que se as forças americanas e aliadas permanecerem no Afeganistão por mais tempo, correm risco de serem atacadas por afiliados ao ISIS, prejudicando uma relação de trabalho “tênue” com o Talibã. “Existem desafios reais e significativos que também devemos levar em consideração quanto mais tempo ficarmos, começando com o risco crescente de ataque pelo IS-K, que é inimigo jurado do Talibã”.