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Sete pessoas morrem após serem orientadas a ingerir ‘fluido de bateria’ para realização de exames médicos

Ao menos 24 pessoas foram envenenadas após serem orientadas por médicos a ingerir ‘fluido de bateria’ para realização de um exame de raios-x.

Representação (Pixabay/Mitrey)

Um médico russo foi detido após um inquérito criminal apurar a morte de sete pessoas após a ingestão de “fluidos de bateria” para realização de exames de raios-x.

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Segundo a publicação feita pelo New York Post, o Dr. Yevgeny Popov foi acusado pela morte dos pacientes e deverá responder por negligência e prestação de serviços contrárias ao padrão exigido por lei.

Ele teria orientado os pacientes a ingerir “fluido de bateria” como forma de preparação para realização de radiografias do esôfago, estômago e intestino.

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Após a ingestão do composto químico, os pacientes começaram a apresentar sintomas que, supostamente, foram ignorados pelos médicos. Quatro deles vieram a óbito nas 12 horas seguintes a ingestão do fluido.

Envenenamento e morte

Diante dos casos, a patologista Zhanna Shmidt declarou sobre o ocorrido ao jornal local Moskovsky Komsomolets: “Eles simplesmente pegaram um pó não certificado e o dissolveram na água”.

“Os pacientes receberam fluido de bateria. Isso não é uma metáfora, eles realmente receberam fluido de bateria. As baterias de carro também contêm sais de bário. Esse pó teria sido vendido à eles para algum tipo de pesquisa laboratorial, não para uso oral”.

A primeira vítima a ser levada ao hospital foi uma senhora de 60 anos. Ela faleceu 12 horas depois de ingerir o líquido. Já Alexey Tsaryov, de 42 anos foi internado apenas algumas horas depois de ingerir o líquido para realizar o exame de rotina.

Sua esposa, Alexandra, declarou que o marido chegou a reclamar com os médicos enquanto bebia o líquido, afirmando sentir tonturas e vista turva.

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“Ele falou isso aos médicos, mas eles responderam que era normal. Quando terminou o procedimento e ele disse que não estava bem os médicos o mandaram voltar para casa e descansar. Ele piorou, começou a vomitar e disse que não conseguia sentir suas mãos e que o rosto estava dormente”, declarou Alexandra.

Outros pacientes da clínica apresentaram sintomas similares e vieram a óbito pouco tempo depois do exame, enquanto cerca de 20 pessoas chegaram a ser hospitalizadas em decorrência dos sintomas causados pelo envenenamento.

Uma investigação criminal foi instaurada para apurar o acontecimento.

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