Ao menos 19 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas após um ataque ao hospital militar Sardar Mohammad Daud Kahn, em Cabul.
ANÚNCIO
Conforme relatos, militantes entraram no Hospital onde foram de quarto em quarto disparando contra os pacientes além de entrarem em confronto com as forças de segurança do Talibã.
Segundo notícia publicada pelo Daily Mail, acredita-se que o atentado tenha sido realizado pelo ISIS, grupo historicamente rival ao Talibã.
Recomendado:
Mãe chega com vestido ousado em formatura infantil e causa polêmica nas redes
O jovem disse que seu carro foi roubado, quando na verdade foi abandonado por infidelidade
Caso de abuso laboral: trabalhador perdeu parte da orelha após ser agredido pelo seu chefe
Em pronunciamento, um oficial do Talibã afirmou que todos os agressores foram mortos. “O ataque foi iniciado por um homem-bomba em uma motocicleta que se explodiu na entrada do hospital”, afirmou o oficial.
Um funcionário do ministério da saúde que pediu para permanecer anônimo confirmou que 19 pessoas foram mortas e ao menos 50 feridos foram direcionados para outros hospitais da capital afegã. Alguns dos feridos foram encaminhados para o hospital de traumas gerenciado pelo grupo italiano Emergency.
Até o presente momento, a autoria do ataque não foi reivindicada, mas testemunhas informaram à mídia local que combatentes do Estado Islâmico entraram no hospital pouco antes do início do atentado.
Autoridades esperam que o ISIS assuma a responsabilidade pelo atentado
Um dos médicos do hospital Sardar Mohammad Daud Khan, conversou com a AFP e relatou o que aconteceu no interior do hospital: “Eu estou dentro do hospital. Ouvi uma grande explosão vinda do primeiro posto de controle. Disseram para irmos para quartos seguros. Também estou ouvindo disparos de armas”.
Segundo ele, os disparos continuaram pois os agressores “estão indo de quarto em quarto, como da primeira vez que o hospital foi atacado”.
O hospital presta atendimento tanto a soldados feridos do Talibã quanto das antigas forças de segurança afegãs. Em 2017 o local foi alvo de um ataque onde homens armados disfarçados de profissionais da área da saúde mataram ao menos 30 pessoas em um atentado que levou cerca de uma hora.
Confira também:
- Jogadora de vôlei é decapitada por combatentes do Talibã
- Ameaça de bomba faz prédio ser esvaziado nos EUA
- Talibã mata três pessoas durante festa de casamento no Afeganistão
- Atentado com homem-bomba mata dezenas de pessoas em mesquita afegã
Na época, os homens foram de quarto em quarto vitimando os pacientes e trabalhadores do local. O atentado teve a responsabilidade assumida pelo ISIS.
As explosões foram confirmadas por um porta-voz do Talibã: “Uma explosão aconteceu no portão do hospital militar e uma segunda em um local próximo. Forneceremos mais detalhes em outro momento”.
Conforme o porta-voz do Ministério do Interior, Qari Saeed Khosty, disse que as forças especiais do Talibã se dirigiram ao local para proteger a área após a primeira bomba ter sido detonada.
Desde o dia 15 de agosto, quando o Talibã retomou o poder no Afeganistão, o ISIS reivindicou quatro ataques em massa que incluíram explosões suicidas contra mesquitas muçulmanas xiitas.
O ataque de hoje entrou para a lista crescente de explosões e tiroteios que tomaram conta do Afeganistão desde a retomada do poder pelo grupo extremista, contrariando a alegação dos talibãs de que a segurança no país teria sido restaurada.