Noor Ahmad Amiri era professor de inglês e trabalhava com funcionários do Conselho Britânico em uma escoa afegã. Ele faleceu após ser atingido nos confrontos que aconteceram ao redor do aeroporto de Cabul. O jovem chegou a ser levado ao hospital, mas morreu em decorrência de um ferimento a bala na região do pescoço.
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Segundo divulgado pelo The Mirror, a confirmação da morte de Amiri veio junto a um ataque terrorista que deixou dezenas de mortos nos arredores do Aeroporto Internacional Hamid Karzai, em Cabul.
Os bombardeios foram direcionados a alvos fixos, grupos de afegãos que estavam em um canal de esgoto junto a tropas que protegiam o local.
A morte do professor causou medo em outros colegas que trabalhavam com ele para o Conselho Britânico. Eles alegam que deveriam ter sido retirados do país semanas atrás. A família de Amiri foi instruída a permanecer no aeroporto, aguardando para ser levada a um acampamento.
Eles receberam vistos americanos para poderem deixar o país.
Morte de professor em fogo cruzado gera pânico
Uma colega de trabalho de Amiri disse estar com medo desde que a morte do rapaz foi confirmada. “Nos os servimos, fizemos o nosso melhor. Não sei o motivo pelo qual nos deixaram par trás”, afirmou.
O Conselho Britânico teria se pronunciado sobre a questão, afirmando que “a Política de Relocações e Assistência Afegã é administrada pelo Ministério da Defesa” e que o órgão “não tem voz no processo de tomada de decisão sobre elegibilidade”.
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Os atentados a bomba no aeroporto geraram explosões que deixaram multidões de mortos e feridos ao redor dos portões. Os afegãos estão desesperados para deixar o país e cercam o aeroporto desde que o Talibã retomou o poder em Cabul.
O ISIS assumiu a responsabilidade pelo atentado e disse que um de seus homens-bomba tinha como alvo “tradutores e colaboradores do exército americano”.
A remoção de estrangeiros e suas famílias, bem como de refugiados afegãos está em andamento desde o dia anterior a tomada de Cabul pelo Talibã. O exército norte-americano deverá deixar o Afeganistão no próximo dia 31.