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VÍDEO: Jovem que quase morreu ao cheirar pimenta passa por exames e tem quadro estável: “Está bem”

Thais Medeiros de Oliveira, 26, foi novamente internada com suspeita de infecção e segue em observação

Ela passou por bateria de exames e ainda aguarda alguns resultados
Thais Medeiros de Oliveira, de 26 anos, segue internada com quadro estável, em Goiânia, em Goiás (Reprodução/Instagram)

A trancista Thais Medeiros de Oliveira, de 26 anos, que teve uma crise grave de asma ao cheirar uma pimenta e quase morreu, segue internada em observação no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), em Goiânia, em Goiás. Em um vídeo, publicado no Instagram pela família dela, na manhã desta terça-feira (9), uma profissional de saúde explica que a jovem passou por exames e tem quadro de saúde estável (assista abaixo).

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“Thais segue aqui, está bem, não apresenta febre, está com a pressão boa, está com a saturação ótima. A frequência cardíaca também está boa. Foram descartadas várias hipóteses nos exames dela, que apresentaram bons resultados. Deu apenas uma pequena anemia, mas ela está bem. Está apenas aguardando alguns exames de cultura que ainda vão sair. Mas ela está muito bem”, destacou a profissional.

Na legenda, a mãe da jovem, Adriana Medeiros, escreveu que a filha deve seguir em observação até a próxima semana. “Graças a Deus os exames saíram e tudo está bem. Vamos repetir dois exames hoje apenas para confirmar os resultados e não ter nenhuma dúvida”, ressaltou a genitora.

A nova internação ocorreu na noite do último sábado (6). Na ocasião, o padrasto de Thais, Sérgio Alves, disse nas redes sociais que a jovem estava debilitada.

“Ela teve uma intercorrência, começou a baixar muito a pressão, muita sudorese e os médicos acharam melhor trazer ela para o hospital”, relatou ele, dizendo que a suspeita inicial era de que a jovem estivesse com uma infecção intestinal.

Idas e vindas ao hospital

Thais completou um ano acamada no último dia 17 de fevereiro, depois que sofreu danos cerebrais durante uma crise grave de asma. Ao longo desse período, ela teve idas e vindas ao hospital, sendo que passou mais de 70 dias em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), e seguia recebendo cuidados em casa até ser novamente hospitalizada.

A família obteve a doação de um homecare particular, mas segue brigando na Justiça para que a jovem tenha o atendimento pela rede pública de saúde de Goiânia.

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Porém, a prefeitura da cidade recorreu da decisão e o serviço ainda não começou a ser oferecido. Conforme a família, apesar da jovem ser acompanhada por fisioterapeuta e fonoaudiólogo, ela também precisa do atendimento de especialistas como neurologista e fisiatra. Porém, esse auxílio nunca foi realizado pela rede pública de saúde e eles foram orientados a procurar ajuda por conta própria.

A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia informou ao site G1, no início deste ano, que recorreu da decisão judicial, uma vez que Thais “não se enquadra nos critérios de atendimento”. Veja a nota na íntegra abaixo:

“A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que o Sistema Único de Saúde (SUS), não reconhece nenhuma política pública de Home Care. Goiânia custeia, com recursos próprios, um serviços para pacientes que saem da UTI, vão para casa e precisam de respiradores, ou seja, não conseguem respirar sozinhos, o que não é o caso da paciente em questão. Portanto, ela não se enquadra nos critérios de atendimento do serviço municipal e, por isso, o município recorreu da decisão liminar. O serviço que Goiânia poderia oferecer, que são visitas regulares em casa por uma equipe multidisciplinar de saúde, já é ofertado pelo Crer.”

Reação à pimenta

A trancista passou mal na tarde do dia 17 de fevereiro de 2023 durante um almoço na casa do namorado. O rapaz contou que ela cheirou a pimenta e, em seguida, começou a “perder as forças”. Ela foi levada às pressas até o Hospital Evangélico Goiano (HEG), onde foi constatado que sofreu um edema cerebral.

Ao chegar no hospital, a jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória, quando ficou cerca de sete minutos sem pulso e 15 minutos sem oxigênio. Assim, ela foi sedada e intubada para evitar danos cerebrais. Depois, foi transferida para a Santa Casa de Anápolis, onde ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Depois, foi transferida para um quarto, onde seguiu sua recuperação. No entanto, o diretor técnico da Santa Casa de Anápolis, Murilo Carlos Santana, ressaltou que o quadro dela era delicado.

Os médicos acreditam que a jovem sofreu uma crise de grave de asma ao cheirar a pimenta e, por conta da baixa circulação de oxigênio no cérebro, teve danos neurológicos. O condimento teria sido o gatilho.

A mãe da jovem havia dito que a filha sofria com bronquite desde que ficou grávida, mas ninguém sabia que ela poderia ter alguma reação à pimenta.

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