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Jovem cheira pimenta durante almoço e acaba em UTI com edema cerebral; entenda o que aconteceu

Thais Medeiros de Oliveira, 25, está internada em estado grave, em Goiás; suspeita é de reação alérgica

Ela sofre de asma
Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, passou mal após cheirar pimenta e acabou na UTI em estado grave, em Anápolis, Goiás (Reprodução/Arquivo pessoal)

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A trancista Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, está internada em estado grave em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em Anápolis, Goiás, depois de passar mal durante um almoço em família. O namorado da jovem contou que ela cheirou uma pimenta e, em seguida, começou a “perder as forças”. Ela foi levada às pressas até o Hospital Evangélico Goiano (HEG), onde foi constatado que sofreu um edema cerebral.

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O caso aconteceu na tarde do último dia 17 de fevereiro. Ao chegar no hospital, a jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória, quando ficou cerca de sete minutos sem pulso e 15 minutos sem oxigênio. Assim, ela foi sedada e intubada para evitar danos cerebrais. Depois, foi transferida para a Santa Casa de Anápolis.

De lá pra cá, a trancista já apresentou algumas melhoras no quadro de saúde, mas segue em estado considerado grave.

Conforme o último boletim médico, divulgado na quarta-feira (1º), ela continua sob uso de ventilação mecânica, mas com os padrões progredindo para desmame. O quadro infeccioso está estável, mas ela ainda faz uso de dois antibióticos e apresentou quadro “subfebril” em alguns momentos.

No último sábado (25), ela passou por uma tomografia, que apontou que houve redução do edema cerebral.

Caso aconteceu em Anápolis, Goiás
Trancista Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, segue internada em UTI com quadro grave após cheirar pimenta (Reprodução/Arquivo pessoal)

‘Pimenta bode’

Conforme o namorado, a jovem cheirou a conhecida “pimenta bode”. A jovem não tinha histórico anterior de reação alérgica a qualquer tipo de alimento ou tempero, mas há sete anos teve o diagnóstico de asma. Ela enfrentava crises com frequência.

A “pimenta bode” é muito usada na culinária do Centro-Oeste, principalmente em pratos típicos goianos.

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Conforme dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ela tem ardência considerável e estima um patamar entre 120 mil e 190 mil na escala Scoville (que varia de 2 mil a 2 milhões).

O que pode ter acontecido?

Em entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”, o professor de Imunologia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Heitor Santiago explicou o que pode ter acontecido com a trancista.

“Infelizmente ela foi vítima de uma combinação de vários fatores que levaram a um quadro de crise asmática grave”, disse ela, destacando que a jovem podia sim ter alergia a pimentas, mesmo sem ter tido nenhum episódio anterior.

“Nesse caso, há a possibilidade de ela ter desenvolvido alergia à pimenta sem saber, o que é raro de acontecer, ou de possuir alergia a outra substância que tenha reatividade cruzada contra algum componente da pimenta”, explicou o professor.

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