A jovem Vitória Medeiros, filha do piloto Geraldo Medeiros Júnior, de 56 anos, uma das vítimas do acidente de avião que matou a cantora Marília Mendonça, em Minas Gerais, fez uma série de postagens nas redes sociais nesta quinta-feira (11) falando sobre o profissionalismo do pai. A jovem ressaltou que ele “tinha 30 anos de aviação” e que a queda da aeronave não foi um erro humano.
“Ele era muito profissional, tinha 30 anos de aviação e isso foi uma fatalidade. Eu tenho plena certeza que não foi nenhum erro do meu pai. E, como eu havia dito, esse era o meu maior medo da vida”, disse a jovem.
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Ainda nas postagens, Vitória falou que o piloto era uma pessoa “muito humilde”. “Muito reservado e eu vou seguir com isso porque todo mundo é importante. Ninguém é mais importante do que ninguém. Ele, como vocês ficaram sabendo, já transportou várias e várias celebridades, mas ele nunca se vangloriou e perdeu a cabeça por isso”, ressaltou a filha.
Mais cedo, a jovem publicou um vídeo em que mostra a empresa do avião que o pai pilotava e pediu que as pessoas parem de falar “coisas errôneas”.
O acidente
A queda da aeronave em que estavam Marília Mendonça aconteceu na última sexta-feira (5), em Piedade de Caratinga (MG). Além da cantora, do piloto e do copiloto, Tarciso Pessoa Viana, também morreram o produtor Henrique Bahia e o tio e assessor da cantora Abicieli Silveira Dias.
A artista viajava para Caratinga para realizar um show no dia do acidente. Ela partiu de Goiânia, em Goiás, mas por volta das 15h20 o avião em que estava - um bimotor Beech Aircraft, da PEC Táxi Aéreo - caiu sobre uma cachoeira.
Equipes do Corpo de Bombeiros Militar e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) participaram do resgate das vítimas, mas não houve sobreviventes.
Marília tinha 26 anos e deixou um filho que fará dois anos em dezembro.
Investigação
O delegado Ivan Sales, responsável pelas investigações da Polícia Civil em torno do acidente disse que nenhuma câmera de monitoramento registrou a queda do avião. Segundo ele, um investigador, um técnico em monitoramento de câmeras e um perito visitaram residências próximas ao local do acidente em busca de equipamentos que pudessem ter capturado imagens da queda da aeronave, o que não ocorreu.
O delegado revelou ainda que, nos próximos dias, a polícia vai ouvir testemunhas e aguardar a conclusão dos laudos periciais. A investigação tem como objetivo apurar possíveis responsabilidades criminais.
Após o acidente, a Polícia Civil de Minas Gerais recolheu os celulares do piloto, assim como do copiloto.
Já os motores do avião serão analisados em uma empresa especializada de Sorocaba, cidade do interior de São Paulo. A fuselagem do bimotor foi embarcada para o Rio de Janeiro.
As análises fazem parte da perícia que o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) realiza nos destroços para identificar as causas do acidente. A perícia deve apontar se os equipamentos já apresentavam algum problema antes do choque com a linha de transmissão.