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Pais de Walewska citam ‘relação normal’ com o genro e dizem que filha estava ‘alegre e tranquila’

Ex-jogadora morreu após cair do 17º andar de prédio; ela enfrentava crise no casamento de 20 anos

Polícia apura o caso como suicídio
Ex-jogadora de vôlei Walewska Oliveira, que morreu ao cair de prédio, enfrentava crise no casamento (Reprodução/Instagram)

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A ex-jogadora de vôlei Walewska Oliveira, que morreu aos 43 anos após cair do 17º andar de um prédio, em São Paulo, aparentava estar feliz e não demonstrava sinais de preocupação. A afirmação é dos pais dela, que a encontraram pela última vez no dia 16, durante a celebração do aniversário irmão da ex-atleta. Eles disseram que não sabiam que a filha enfrentava uma crise no casamento e que tinham uma “relação normal” com o genro, o corretor de imóveis Ricardo Alexandre Mendes.

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“Estávamos em São Paulo no aniversário do meu outro filho. Ela estava com o marido, Ricardo, estávamos todos juntos, em família. Minha filha estava alegre, serena, tranquila. Não entendo o que aconteceu. Vou sentir muita falta. Filha amada, muito querida. A gente vai ter que superar, vai ser muito difícil”, disse Maria Aparecida Moreira, mãe de Wal, em entrevista ao site UOL.

“A gente conhece os filhos no olhar, no sorriso, sabe quando tá feliz e satisfeito. Ela estava ótima, sorriso com o coração”, destacou a mãe.

Sobre o genro, Maria Aparecida disse que a família nunca teve problemas. “Ele esteve há pouco tempo aqui. Tínhamos uma relação normal”.

Já o pai de Wal, Geraldo Vieira de Oliveira, afirmou ao UOL que ele e Mendes não tinham muita ligação e que não o questionou sobre como eles estavam antes da morte da filha. “Não falei com o Ricardo. Estou no meu canto, não quero entrar na vida pessoal do casal. A única vez em que falei com ele foi quando ele nos ligou para dar a notícia da morte”, relatou.

O corretor de imóveis disse que foi impedido de comparecer ao velório e sepultamento da ex-atleta, que foi realizado no último sábado (23), em Belo Horizonte. “Estava com o bilhete aéreo emitido, um amigo da família disse que os pais dela orientaram eu não ir, até para preservar a todos pelo clima da tragédia”, disse.

Mendes foi acusado pelos familiares da ex-jogadora de não contribuir com as despesas do enterro e de também não comparecer para fazer o reconhecimento do corpo. “Não tive condições psicológicas de reconhecer o amor da minha vida, que está morta”, disse ele.

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Crise no casamento

O viúvo da ex-jogadora disse que ele e Wal enfrentavam uma crise no casamento de 20 anos e que ele chegou a pedir o divórcio. Eles discutiram na noite anterior à morte dela e a mulher não estaria feliz com o fim da união.

“Ela me questionou que eu estava estranho e distante, eu respondi que não dava pra continuar onde não havia mais amor entre homem e mulher. Ela ficou introspectiva, ficou quieta e fomos dormir. A gente se amava, eu esperava ela aceitar a separação numa boa”, disse ele.

No último dia 21, ele foi trabalhar e, quando chegou em casa, afirma que não sabia que a mulher estava na área de lazer do prédio. Naquela data, às 18h07, ele recebeu uma mensagem de celular dela que dizia: “Amo você. Mas, acho que você já tomou a sua decisão”. Logo em seguida, Ricardo respondeu: “Também te amo”.

Caso é apurado pela polícia como suicídio
Walewska Oliveira mandou mensagem ao marido minutos antes de cair de prédio e morrer, em SP (Reprodução/Arquivo pessoal/UOL)

Pouco tempo depois, ele foi avisado que ela tinha caído do 17º andar. “Cheguei em casa depois de um dia intenso de trabalho, não sabia que a Wal já tinha chegado. O interfone tocou, eu não atendi. Depois vieram as mensagens pelo WhatsApp do grupo do condomínio, até que a gestora tocou a campainha da minha casa para me avisar da tragédia. Meu chão abriu e eu desmoronei.”

Testemunhas contaram que viram a ex-jogadora na área de lazer, mas ela não demonstrava quaisquer sinal de tristeza ou preocupação. Ela chegou a ser socorrida após a queda, mas não resistiu aos ferimentos.

O caso é apurado pela Polícia Civil como suicídio, já que Walewska estava sozinha na área de lazer do edifício, onde teria ingerido bebida alcóolica e deixado uma carta de despedida à família. O teor desse texto, no entanto, não foi divulgado.

Saúde mental

Mendes também revelou que a mulher fazia terapia há um ano e que ela já tinha falado sobre “fazer uma besteira”.

“Ela nunca disse que tiraria a própria vida. Ela me disse que estava passando por muitas coisas na vida dela, que até pensou em ‘fazer uma besteira’. Foi aí que percebi que ela já não estava tão forte como sempre foi”, contou Ricardo.

No boletim de ocorrência sobre a morte da ex-jogadora, consta uma tentativa de suicídio ocorrida há três anos. Na época, o marido disse que foi até Belo Horizonte, em Minas Gerais, para conversar com os sogros sobre a preocupação que tinha com a saúde mental da esposa.

“Me lembro da Wal ter ficado brava e chateada comigo, e que eu não tinha o direito de falar sobre isso com os pais dela. Eu não tive alternativa”, revelou o viúvo, que afirmou que a ex-atleta fazia terapia há um ano e que ele nunca pensou que ela pudesse, de fato, cometer suicídio.

“Uma vez ela disse para mim: posso perder dinheiro, posso perder status, mas não posso perder você. Esse poder de posse sempre me preocupou. Por isso, de uns três anos pra cá, sempre tive compaixão e cuidado, justamente preocupado com a reação dela. Tentei levar e administrar a crise”, lamentou.

Polícia diz que ela se jogou do 17º andar de prédio
Viúvo de Walewska Oliveira, que morreu aos 43 anos, revela que casal enfrentava crise no casamento e que queria o divórcio (Reprodução/Instagram)

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