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Varíola dos macacos passa a ser considerada emergência de saúde global; entenda o que isso quer dizer

Setenta e cinco países já relataram casos da doença, segundo a OMS

Varíola dos macacos é emergência de saúde global, diz OMS (Wikimedia Commons / National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAID))

A OMS (Organização Mundial de Saúde) declarou neste sábado (23) que passou a considerar a varíola dos macacos como emergência de saúde global.

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Até o momento, mais de 16 mil casos da doença já foram contabilizados em 75 países. Cinco pessoas morram após a infecção.

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, 607 ocorrências foram notificadas. A maior parte delas - 438 - está no Estado de São Paulo.

Com a nova classificação, a OMS espera mais esforços por parte da comunidade internacional. “Acreditamos que isso possa mobilizar o mundo a agir em conjunto. Precisamos de coordenação e solidariedade para que sejamos capazes de controlar a varíola dos macacos”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, em coletiva de imprensa realizada em Genebra, na Suíça.

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Para ele, com as ferramentas que se tem agora, é possível frear o surto e parar a transmissão.

Tedros decidiu emitir a declaração mesmo com a falta de consenso entre os membros do Conselho do Comitê de Emergência da OMS.

Após o anúncio, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que vai se reunir com técnicos para debater a questão.

Cinco elementos para emergência global

O diretor-geral da OMS explicou que são considerados cinco elementos para definir uma emergência global.

“Primeiro, as informações fornecidas pelos países – que, neste caso, mostram que esse vírus se espalhou rapidamente para muitos países que não o viram antes”, disse.

Em segundo lugar, ele citou os critérios do Regulamento Sanitário Internacional. Em terceiro, afirmou que foi levada em conta a opinião do Conselho do Comitê de Emergência. Em quarto, os princípios científicos, evidências e outras informações relevantes - que atualmente são insuficientes.

“E quinto: o risco para a saúde humana, disseminação internacional e o potencial de interferência no tráfego internacional”, acrescentou Tedros, que seguiu: “Resumindo: temos um surto que se espalhou pelo mundo rapidamente, através de novos modos de transmissão, sobre os quais entendemos muito pouco e atende aos critérios do Regulamento Sanitário Internacional”.

A avaliação da OMS, ainda segundo Tedros, é que o risco da doença é moderado globalmente e em todas as regiões, exceto na Europa, onde foi avaliado como alto.

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