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Doria acusa Ministério da Saúde de não entregar vacinas e quebrar pacto federativo

Dose da vacina da Pfizer, contra o Coronavírus (Covid-19) ROMA, ITÁLIA, 28.12.2020 - Dose da vacina da Pfizer, contra o Coronavírus (Covid-19) no Hospital Santa Maria della Pietà, em Roma, na Itália. (Foto: Cecilia Fabiano/LaPresse/DiaEsportivo/Folhapress)

O governador de São Paulo João Doria acusou hoje o Ministério da Saúde de quebra do pacto federativo por entregar apenas 50% das vacinas da Pfizer que seriam destinadas ao estado.

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Segundo Doria, ontem o Ministério destinou 228 mil doses da vacina da Pfizer para o estado, 50% a menos do que deveria ter sido entregue, e isso pode comprometer o calendário de vacinação de crianças e adolescentes, programada para começar no dia 18.

A vacina da Pfizer foi a única testada para aplicação em jovens com menos de 18 anos, e a vacinação desse grupo não pode ocorrer se o PNI (Programa Nacional de Imunização) não cumprir o calendário de entrega do imunizante.

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O estado de São Paulo deveria receber 22% das doses de vacinas adquiridas pelo Programa Nacional de Imunização, de acordo com a proporcionalidade da população brasileira, o que nesta semana representaria 456 mil doses. “Há mais de 25 anos que funciona assim”, disse.

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Doria disse durante entrevista coletiva que encaminhou ofício ao Ministério da Saúde exigindo a entrega das demais 230 mil doses que não foram entregues.

“Essa decisão, que qualifico como arbitrária, representa a quebra do pacto federativo . Com menos vacinas, o ministério da saúde compromete o calendário de vacinação de crianças e adolescentes no estado de são Paulo”, esclareceu o governador.

Nesta quarta-feira, de acordo com o governador, São Paulo entregou ao Ministério da Saúde 2 milhões de doses da vacina Coronavac, conforme acordado. “Não faremos retaliação com o Ministério. Continuaremos a entregar a vacina do Butantan dentro dos prazos previstos”, disse.

O Ministério da Saúde ainda não se posicionou oficialmente sobre a acusação.

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