Uma nova inspeção realizada no domingo (10) na barragem Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG), avaliou quais os riscos de rompimento da estrutura da Vale. Na sexta-feira (8), moradores da cidade foram retirados de suas casas depois que uma sirene que monitora a barragem soou alertando para o risco de mais uma tragédia. Numa escala crescente de 1 a 3 de risco, a barragem da Vale subiu do nível 1 para o nível 2 na última semana.
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Até domingo, de acordo com a empresa, 487 pessoas de quatro comunidades rurais da região – Socorro, Piteira, Tabuleiro e Vila do Gongo – foram cadastradas e acolhidas. Destas, 243 estão em seis hotéis e as demais em casas de parentes.
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A barragem Sul Superior, que está sendo monitorada, foi construída no método a montante, mesmo adotado na que se rompeu na Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho. A estrutura tem altura de 85 metros e 4,86 milhões de metros cúbicos de rejeitos.
A nova inspeção é feita por uma empresa alemã, que não teve o nome divulgado. Até a emissão de um novo laudo, o risco 2 permanece para a barragem. A vistoria foi acompanhada pela ANM (Agência Nacional de Mineração). A imprensa não teve acesso.
O reservatório está entre os dez que serão descomissionados pela Vale, conforme anunciado pela empresa no dia 29 de janeiro.
Itatiaiuçu em risco
Na cidade de Itatiaiuçu, na Grande BH, os moradores também estão apreensivos quanto ao risco do rompimento da barragem de Serra Azul, da empresa ArcelorMittal. Na última sexta-feira, 200 pessoas tiveram que sair de casa por risco na estrutura, que passou do nível 1 para o 2. segundo a empresa. “Caso haja necessidade de se implementarem novas medidas para maior garantia da barragem, será feito o mais rapidamente possível”, disse a ArcelorMittal em nota.