O “mewing”, uma prática que ganhou popularidade nas redes sociais, promete transformar a aparência do maxilar e melhorar a estética facial através de uma técnica simples de posicionamento da língua.
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Originada pelo ortodontista britânico John Mew na década de 1970, a prática foi inicialmente pensada como uma alternativa ortodôntica chamada ortotropia, que visava não apenas alinhar os dentes mas também melhorar a estética do rosto de crianças.
O exercício envolve posicionar a língua contra o palato, fechar os lábios e manter os dentes levemente juntos. John Mew propôs que essa postura poderia influenciar o desenvolvimento facial ao longo do tempo, promovendo um crescimento mais harmonioso da face.
Com o passar dos anos, essa técnica se manteve relativamente obscura até que Mike Mew, filho de John, a reintroduziu para o público moderno através de vídeos no YouTube, rebatizando a prática como “mewing” em homenagem a seu pai.
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Agora popularizada, a prática é promovida por influenciadores que mostram resultados impressionantes de “antes e depois”, alegando benefícios como a definição mais nítida da linha da mandíbula, redução de queixo duplo, e até correções de pequenas desalinhamentos dentários sem a necessidade de intervenções ortodônticas convencionais.
No entanto, apesar dessas alegações atraentes, especialistas alertam que não há evidências científicas robustas que suportem os benefícios do mewing, e que a prática pode inclusive trazer riscos à saúde, como problemas na articulação temporomandibular (ATM) e deslocamento dos dentes.
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A falta de fundamentação científica e o potencial para desinformação são preocupações crescentes entre os profissionais da saúde. Em 2019, a repercussão em torno do procedimento levou à expulsão de Michael Mew da Sociedade Britânica de Ortodontia, após acusações de promover práticas não comprovadas e potencialmente prejudiciais.
Fonte: BBC
