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É pique’ ou ‘é big’? Aprenda a forma correta de cantar o clássico ‘parabéns’

Melodia original foi criada em 1893 e versão brasileira surgiu em 1942, após concurso de um radialista

Bolo de aniversário
É pique’ ou ‘é big’? Aprenda a forma correta de cantar o clássico ‘parabéns’ Imagem: Pixabay

“Parabéns (a) pra você, nesta data querida. Muitas felicidades, muitos anos de vida”. Sem dúvidas, essa música é uma das mais cantadas do Brasil, fazendo parte de 100% dos aniversários do país. Sem muita dificuldades, o clássico parabéns é aprendido a ser cantado desde a infância, mas saiba que ele apresenta algumas curiosidades e mistérios.

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De acordo com o site Megacurioso, a letra original não apresenta a segunda parte, onde é cantado “é pique, é pique”...Ou seria “é big”? A melodia original foi criada em 1893 pelas irmãs americanas Mildred e Patricia Smith Hill, mas só em 1924 a letra surgiu, dedicada aos aniversários. Na letra original, a música dizia apenas “good morning to all” ou “bom dia para todos” em português. Alguns anos depois, em 1933, a música foi popularizada com um musical da Broadway chamado “Happy Birthday To You”.

E no Brasil?

No Brasil a música começou a ser cantada ainda em na década de 30, mas em inglês, mas em 1942 um radialista promoveu um curso para achar a letra em português que combinasse com a melodia. Quem assinou a letra no Brasil foi Bertha Celeste Homem de Mello e o verso ficou: “Parabéns a você, nesta data querida. Muita felicidade, muitos anos de vida”.

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Surgimento do pique (ou big)

Em algumas regiões, esse primeiro verso repetido duas vezes é emendado com a linha clássica e o auge da música: “é pique, é pique...”. Nesse momento, talvez você esteja falando pra si mesmo “onde eu moro é diferente”. E realmente, em regiões como Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro e no Pará, o ‘pique’ é substituto por ‘big’. Mas qual a forma correta?

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Segundo a revista Pesquisa Fapesp em 2004, o bordão “é pique é pique, é hora é hora, rá-tim-bum”, é uma colagem feita por estudantes de direito da faculdade São Paulo do largo de São Francisco em uma lanchonete em 1930.

“É pique’ era uma saudação ao estudante Ubirajara Martins, conhecido como ‘pic-pic’ porque vivia com uma tesourinha aparando a barba e o bigode pontiagudo. ‘É hora’ era um grito de guerra de botequim: nos bares, os estudantes eram obrigados a aguardar meia hora por uma nova rodada de cerveja — era o tempo necessário para a bebida refrigerar em barras de gelo. Quando dava o tempo, eles gritavam: ‘É meia hora, é hora, é hora, é hora.
Após isso, a música ganhou um novo trecho no Estado. Contudo, essa é apenas uma das diversas variações que exissonoridade de seu nome. O amontoado de bordões ecoava nas mesas do restaurante Ponto Chic (que criou o sanduíche Bauru graças a outro estudante de Direito, Casemiro Pinto Neto), com um formato um pouco diferente do que se conhece hoje: “Pic-pic, pic-pic; meia hora, é hora, é hora, é hora; rá, já, tim, bum”, diz a revista.

Após isso, a música ganhou um novo trecho no Estado. Contudo, essa é apenas uma das diversas variações que existem por todo o país.

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