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Crianças e insetos: mitos e verdades sobre o cuidado com a pele

Repelente é a melhor escolha para proteger a pele dos pequenos

Pernilongo
Crianças e insetos: mitos e verdades sobre o cuidado com a pele Imagem: reprodução (Unsplash)

Entre as muitas preocupações que os pais e responsáveis devem ter com a saúde das crianças, uma delas é proteger contra os insetos, em especial os mosquitos, capazes de transmitir doenças como Dengue, Zika, Chikungunya e febre amarela. No Brasil, a incidência dessas doenças apresenta um número expressivo, pois o clima tropical do país facilita a proliferação desses insetos.

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De acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, em 2021, foram notificados 544.460 casos prováveis de dengue, 96.288 casos de chikungunya e 6.483 casos de Zika no Brasil.

“Como essas e outras doenças ainda são presentes em quase todo o território nacional e representam sérios problemas de saúde pública, algumas medidas de cuidado são essenciais para o dia a dia das crianças. A principal prevenção continua sendo evitar a proliferação dos insetos, por meio da atenção aos locais de acúmulo de água, como em vasos de plantas, pneus, latas, garrafas principalmente em locais como jardins, ruas e terrenos baldios. Sempre manter locais com água tampados. Importante também destacar que o uso de repelente, atrelado a outros métodos de prevenção, deve ser adotado ao longo do ano e não somente em momentos de surto de doenças”, declara Marcelo Otsuka, médico coordenador do Comitê de Infectologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

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Para esclarecer algumas dúvidas com a proteção das crianças, o médico aponta mitos e verdades sobre o uso de repelentes. Veja a seguir:

Repelentes podem ser usados em bebês a partir dos 3 meses de vida.

Verdade. Alguns repelentes específicos são à base de Icaridina, dura por até 6 horas e tem aprovação da Anvisa. “Importante salientar que não são todos os repelentes disponíveis que podem ser usados nos bebês. Os pais devem consultar os médicos e seguir as recomendações de uso contidas nos rótulos, além de se certificarem que o produto é à base de Icaridina. Na aplicação, o ideal é usar a quantidade necessária para espalhar o produto de forma homogênea na pele exposta do bebê, evitando as áreas próximas aos olhos, narinas e boca”, destaca o médico.

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As crianças só precisam usar repelentes durante os meses mais quentes, pois é quando fazem mais atividades ao ar livre.

Mito. De acordo com o médico, a incidência de mosquitos é maior nos meses mais quentes pois eles se reproduzem com maior velocidade nesse período, contudo é preciso criar a rotina do uso de repelente durante o ano inteiro, pois mesmo em dias mais frios as crianças podem ser picadas em regiões expostas, como mãos, rosto, tornozelos e nuca.

Usar repelentes todos os dias não faz mal à saúde das crianças.

Verdade. “A recomendação é para que sempre os pais apliquem os repelentes em seus filhos seguindo as instruções de uso. Como o raio de cobertura do produto é geralmente de 4 centímetros, é ideal que o repelente seja aplicado em toda a região de pele exposta, evitando as mucosas e regiões próximas ao olho. A aplicação idealmente deve ser feita aplicando o produto nas mãos e espalhando no corpo da criança”, orienta Otsuka.

Protetor solar e repelente não podem ser usados ao mesmo tempo nas crianças.

Mito.“Na hora de aplicar, o produto deve ser utilizado depois do protetor solar. A indicação para os pais e responsáveis é que aguardem o protetor solar secar para aplicar, logo na sequência, o repelente”, finaliza.

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