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Vala coletiva com mais de 25 esqueletos humanos é localizada no Peru

A descoberta foi feita na antiga cidade peruana de Chan Chan, estima-se que o local seja um cemitério para membros da elite.

Vala coletiva é descoberta em sítio arqueológico no Peru
Representação (Pixabay)

Uma vala coletiva contendo mais de 25 esqueletos humanos foi descoberta na antiga cidade peruana de Chan Chan. Para os arqueólogos, a descoberta está relacionada ao local de descanso final para membros da elite de uma antiga civilização.

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Conforme a publicação feita pelo Daily Mail, os restos mortais foram descobertos em um pequeno espaço de cerca de 3 metros, localizado dentro do local onde ficava a capital do império Chimú, cujo auge foi no século 15, antes de serem dominados pelos Incas.

Jorge Menese, arqueólogo, revelou em entrevista à Reuters, que embora esta sociedade ancestral seja conhecida pelos sacrifícios humanos, não existem evidencias de que o local descoberto seja um local ritualístico para tal finalidade.

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Apesar disso, os pesquisadores planejam realizar testes para determinar a causa da morte de cada indivíduo.

Os Chimú eram uma cultura anterior aos Incas que surgiu dos remanescentes da cultura Moche, no ano de 900 dC.

Acredita-se que eles tenham desenvolvido uma civilização complexa com diferentes níveis de hierarquia social.

A maioria das valas comuns encontradas ao redor da cidade antiga foi resultado de sacrifício humano, mas conforme informações de Menese, a posição desses esqueletos sugere que eles foram enterrados após a morte da pessoa. A maioria dos esqueletos pertence a mulheres com menos de 30 anos.

O império Chimú era famoso por sacrifícios humanos

Um dos maiores sacrifícios humanos já realizados foi feito pelo império Chimú. A descoberta, que aconteceu em 2019, levou ao encontro de mais de 140 crianças que foram mortas junto a lhamas. Acredita-se que o sacrifício em massa tenha sido realizado para apaziguar os deuses da religião antiga deste povo.

Os esqueletos encontrados pertenceram a crianças com idades entre cinco e quatorze anos.

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Ao que tudo indica, o sacrifício sangrento foi realizado por conta de grandes enchentes e tempestades que atingiram a região e foram interpretadas como sendo a ira dos deuses.

O autor do estudo, John Verano, professor de antropologia na Universidade de Tulane, declarou: “Este sítio arqueológico abre um novo capítulo sobre a prática do sacrifício de crianças no mundo antigo”.

“Esta descoberta arqueológica foi uma surpresa para todos nós, não tínhamos visto nada parecido antes, e não havia nenhuma sugestão de fontes etno-históricas ou relatos de sacrifícios de crianças ou animais sendo feitos nesta escala, neste local”, declarou Verano.

Para ele, a descoberta só foi possível graças ao esforço conjunto de uma equipe interdisciplinar que realizou a escavação e as análises dos materiais coletados em campo.

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