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Polícia conclui que casal foi executado por engano no lugar de vizinho no Paraná; relembre o caso

Luiz Xavier e Rubiane Mayer dormiam quando foram assassinados; sete homens foram indiciados

Motivação do crime ainda é mistério
Luiz Arthur Bach Xavier, de 23 anos, e Rubiane Mayer, de 22, foram executados em casa, em Ponta Grossa, no Paraná (Reprodução/Redes sociais)

A Polícia Civil do Paraná concluiu que Luiz Arthur Bach Xavier, de 23 anos, e Rubiane Mayer, de 22, que foram executados a tiros enquanto dormiam, em Ponta Grossa, em outubro de 2023, foram mortos por engano. O alvo dos criminosos era um vizinho, que já tinha se envolvido com a mulher de um dos mandantes do crime. No total, sete homens foram indiciados por homicídio qualificado por promessa de recompensa, motivo fútil e praticado com recurso que tornou impossível a defesa das vítimas.

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O crime ocorreu no dia 30 de outubro do ano passado. O casal, que morava junto há oito meses, foi encontrado já sem vida sobre uma cama, abraçado. A casa alugada onde eles moravam no bairro Oficinas estava com as portas arrombadas. Naquela data, vizinhos escutaram barulhos de tiros e acionaram a Polícia Militar, sendo que quando os agentes chegaram já encontraram as vítimas mortas.

Além de trabalhar como segurança e vigilante, Luiz também preparava para prestar um concurso público do Corpo de Bombeiros. Já Rubiane era assistente de caixa em uma loja e fazia faculdade de administração. Segundo a polícia, nenhum dos dois tinha antecedentes criminais ou qualquer ligação com atividades ilícitas.

As investigações avançaram e os agentes descobriram que o alvo dos criminosos era um vizinho das vítimas, que tinha histórico com envolvimento com tráfico de drogas. O homem em questão teria se relacionado com uma mulher, cujo atual companheiro tinha ciúmes, e também teria entregado um desafeto.

“O outro, por sua vez, desejava a morte do mesmo homem em razão de uma prisão sofrida em 2019 e que ele acreditava ter sido motivada por delação”, destacou o delegado Luiz Timossi.

Assim, a polícia descobriu que dois homens arquitetaram o crime e contrataram outros quatro para executá-lo. O grupo teria feito reuniões em uma loja de conveniências, em Ponta Grossa, antes de ir até a casa e matar o casal por engano. O proprietário do estabelecimento comercial é um dos indiciados no caso.

Ainda segundo a investigação, os executores do assassinato receberiam, cada um, R$ 1 mil. No entanto, depois de constatado que eles mataram as pessoas erradas, cada um ganhou apenas R$ 400.

Os mandantes do crime foram presos no último dia 14 de maio em Jaraguá do Sul e Florianópolis, em Santa Catarina. Já os outro quatro foram presos no mês de junho em Ponta Grossa. Os nomes deles não foram revelados, assim, não foi possível localizar suas defesas.

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