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Jovem é condenado por manter grupo no Discord onde eram realizados estupros virtuais

Conhecido como “King”, ele monetizava o conteúdo de um grupo onde cometia crimes de ódio e foi condenado à 24 anos de prisão.

Pedro, conhecido como King, foi sentenciado a 24 anos e sete meses de prisão.
Pedro, conhecido como King, foi sentenciado a 24 anos e sete meses de prisão. (Reprodução / X)

Pedro Ricardo Conceição da Rocha, também conhecido como “King”, foi condenado pela Justiça do Rio de Janeiro por criar e manter um grupo no Discord que utilizava a plataforma como meio de promover uma série de crimes. Segundo o G1, no grupo eram encontrados conteúdos de pornografia envolvendo crianças e adolescentes, além de discursos de ódio e incentivo à automutilação.

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Durante a investigação, a Polícia Civil do Rio de Janeiro conseguiu identificar que o jovem comercializava ingressos para chamadas de voz e vídeo nas quais os crimes eram cometidos. Um dos vídeos monetizados, envolvia uma menor de idade que foi incentivada a se cortar.

O servidor criado por Pedro era conhecido como “System X” e contava com uma série de administradores que “pagavam” pelo cargo. As postagens, realizadas pelos participantes, permaneciam on-line por aproximadamente quatro horas, e depois eram removidas da plataforma.

Cyberbullying e estupro virtual

Entre as práticas permitidas no servidor criado por “King” estavam a realização de piadas racistas, cyberbullying e compartilhamento de conteúdo pornográfico. Uma das únicas proibições dizia respeito ao envio de mensagens relacionadas com conteúdo nazistas, visto que “poderiam derrubar o servidor”.

Em depoimento, uma ex-namorada do jovem relatou que ele a obrigou a transmitir ao vivo um vídeo de conteúdo sexual no qual deveria “imaginar que estava sendo estuprada” por ele após uma briga de casal.

Também foram identificadas mensagens de maus tratos a animais e o incentivo a divulgação de fotos e vídeos íntimos de adultos, adolescentes e crianças. Pedro chegava a ameaçar as vítimas com a exposição das imagens em questão e admitiu durante o processo que chegou a divulgar imagens deste tipo.

Com o término das investigações, ele foi condenado a 24 anos e sete meses de prisão pelos seguintes crimes: associação criminosa, estupro qualificado e coletivo, estupro de vulnerável e corrupção de menores.

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