Na última terça-feira, dia 02 de julho, o Tribunal Oral de Santiago, no Chile, julgou o caso da morte da modelo brasileira Nayara Vit. Conforme publicado pelo O Globo, Rodrigo Del Valle Mijac, que estava preso sob a acusação de assassinar a modelo, foi considerado inocente, absolvido e liberado.
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Nayara morreu no dia 07 de julho de 2021, após cair do 12º andar de um prédio de alto padrão no Bairro de Las Condes. Em declaração, a mãe da modelo, Eliane Marcos Vit, revelou que pretende recorrer à Suprema Corte do país.
Ela, que acompanhou o julgamento, revelou estar incrédula com o veredito. “É um misto de incredulidade e raiva. Acompanhei o julgamento durante 45 dias. Foram ouvidas mais de 100 testemunhas e mais de 50 peritos. Saí certa da condenação, apesar de um temor geral”.
Durante o julgamento, o acusado permaneceu calado enquanto Ministério Público do Chile solicitava a aplicação de uma pena de 20 anos de prisão, que foi negada pelo tribunal. Para os promotores, a modelo caiu durante uma briga com o empresário no apartamento em questão.
Decisão dividida
Conforme a publicação, a decisão foi dividida em 2 votos a 1 pela rejeição da denúncia. Em um trecho, é pontuada a ausência de policiais, especializados na investigação de crimes violentos, na cena do crime. Por outro lado, o voto contra a rejeição da denúncia argumentou que existem provas mais do que suficientes para confirmar a autoria do crime por parte do empresário.
Rodrigo Mijac é diretor de uma empresa de tecnologia em Santiago, e foi acusado como autor de feminicídio. Uma das provas apresentadas que colaborava com a acusação foi a perícia planimétrica, que incluiu testes de salto realizados para analisar a queda que levou a morte de Nayara.
Outras evidências incluíam a tela da varanda quebrada, chamadas realizadas para a segurança nacional e um vaso de flores jogado sobre o carro de Nayara quando ela entrou no estacionamento do prédio com seu veículo. O laudo tanatológico também confirmou a existência de lesões sofridas antes e depois da queda.
Antes do julgamento, Rodrigo teve três pedidos de liberdade negados pela Justiça, sendo que em uma delas a juíza Ximena Rivera Salinas alegou que seu retorno à sociedade seria um “perigo para a segurança”.