A Polícia Civil revelou ter obtido áudios que mostram como funciona parte do esquema de divulgação do “Jogo do Tigrinho”. Em reportagem do G1, foi revelado o áudio que mostra parte das negociações com a influenciadora Mylena Verolayne, que cobrou R$80 mil para realizar as divulgações e impôs uma condição: não jogar.
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O registro de áudio em questão é parte da Operação Game Over, realizada pela Polícia Civil em Alagoas, na última segunda-feira, dia 17 de junho. A veracidade foi confirmada pela influenciadora por meio de uma conta reserva depois que sua conta principal no Instagram foi bloqueada.
Segundo a gravação, ela revela que quer uma conta “demo” para simular as apostas ao invés de usar uma conta real que a faria “correr o risco de perder dinheiro” ao jogar com outros jogadores.
“Ao invés de eu sacar, vou jogar, perco, aí boto meu dinheiro, perco e fico frustrada, com crise de ansiedade. Não quero ter vínculo, não quero nem abrir conta. Isso está me criando muita ansiedade”, revela.
Ela nega participação no esquema de apostas
Em suas redes sociais, Verolayne publicou um vídeo revelando seu lado da história. Segundo ela, que nega participação no esquema, os momentos em que utilizava contas para demonstração ficavam claros para os seguidores.
“Eu não tenho nada a esconder e nem devo nada não. Eu estou aqui para colaborar, então vai aparecer um monte de conversa, um monte de coisa distorcida”, explica a influenciadora.
Na sequência, ela explica o termo “conta demo” e afirma que sempre que utilizou este recurso, fez questão de avisar os seguidores. “Conta demo, minha gente, é uma conta demonstração. É uma conta que tem dinheiro para a gente ensinar. Eu usei muita conta demo. Eu já usei conta demo para ensinar vocês a jogar”.
“Usar conta demo é crime? Cai no crime de estelionato, porque é uma pessoa que está usando uma conta e mentindo, dizendo que ganhou sem ter ganho. Só que eu não faço isso, porque quando eu usei, eu avisei. Não engano vocês”.