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Irmão fala sobre temperamento de adolescente que matou pais adotivos no RJ: “Agredia as pessoas”

Garoto ligou para PM e confessou assassinatos; ele saiu para lanchar com amigo e, na volta, queimou corpos

Ele foi apreendido
Adolescente de 16 anos matou os pais adotivos e queimou corpos, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro (Reprodução/Redes sociais)

Um irmão do adolescente de 16 anos, que foi apreendido depois que ligou para a Polícia Militar e confessou que matou os pais adotivos a marteladas, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, falou sobre o temperamento explosivo do garoto. Eles são filhos de um casal, que teve quatro crianças, mas cada uma foi adotada por uma família diferente. O rapaz disse que não mantinha contato com o menor desde 2019, mas lembrou o fato dele ficar agressivo caso fosse contrariado.

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“Seguimos caminhos diferentes. Os pais eram um amor, mas ele era um pouco agressivo. Não podíamos tocar nas coisas dele que ficava maluco, entrava em outro estado. Ele agredia as pessoas. A nossa convivência era mínima. A gente foi separado quando criança. Eu não imaginava que ele poderia fazer isso. Fiquei surpreso”, disse o irmão, em entrevista ao jornal “O Globo”.

Vizinhos das vítimas, identificadas como Cláudio Pinheiro e Mariana Valente, ambos de 58 anos, disseram que eles eram muito reservados e “pessoas do bem”. O casal teria adotado o garoto em 2014.

“A mulher era da igreja. Os dois não costumavam ficar na rua. Eram pessoas reservadas. Quando ela adotou o garoto, ficamos preocupados porque ele não parecia estar feliz com isso. Ele recebia muito amor deles, mas não retribuía”, contou uma moradora do bairro, que não quis ser identificada.

Os assassinatos

O caso aconteceu na noite de quinta-feira (23), na Estrada da Ligação. Os policiais militares foram até a residência após a ligação do garoto, já na madrugada desta sexta-feira (24), e encontraram os corpos dos pais carbonizados.

O adolescente disse em depoimento que decidiu matar os pais depois que eles tiveram uma briga. Os responsáveis não queriam que o garoto faltasse na escola, mas ele queria descansar para uma aula de de jiu-jítsu.

Assim, ele disse que matou Cláudio e Mariana a marteladas. Na sequência, saiu com o amigo para tomar o lanche. Quando retornou, colocou os corpos das vítimas no segundo andar da residência e ateou fogo ao quarto.

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O Corpo de Bombeiros também foi chamado e controlou as chamas. Já nesta manhã, a Policia Civil fez uma perícia no local e encaminhou os corpos para o Instituto Médico Legal (IML).

Caso semelhante em SP

Um crime bem semelhante ocorreu na Vila Jaguara, na Zona Oeste de São Paulo, na última sexta-feira (17). Um adolescente de 16 anos foi apreendido ao confessar que matou os pais e a irmã adotivos a tiros, depois que teve o celular confiscado pelos responsáveis.

Menor confessou e foi apreendido
Isac, Solange e Letícia foram mortos a tiros por adolescente dentro de casa, na Zona Oeste de SP (Reprodução/Redes sociais)

O menor contou em depoimento que primeiro ele matou o pai, Isac Tavares Santos, de 57 anos, e em seguida ele pretendia matar a mãe, Solange Aparecida Gomes, de 50, mas a mulher estava trabalhando e só chegaria em casa horas mais tarde.

Como a irmã, Letícia Gomes Santos, de 16, estava na residência e o questionou sobre a morte do genitor, ele também precisou matá-la, pois ela poderia pedir socorro. Apesar disso, ele reafirmou que tinha um bom relacionamento com Letícia e que gostava dela.

Imagens de câmeras de segurança mostram o adolescente indo tranquilamente a uma padaria um dia após os crimes (assista abaixo). O vídeo mostra ele caminhando pela rua, entrando no comércio e, após comprar produtos, fez o pagamento em dinheiro e voltou para casa. Lá, estavam os corpos das vítimas.

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