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Caso Sophia: menina estuprada, morta e jogada em lixeira fez desenhos que podem indicar abusos

Pai acredita que a filha já estava sendo vítima de violência antes da morte; pedreiro confessou e segue preso

Ela foi levada por homem que conhecia
Sophia Ângelo Veloso da Silva, de 11 anos, que foi achada morta em uma lixeira na Ilha do Governador, no RJ (Reprodução/Redes sociais)

A menina Sophia Ângelo Veloso da Silva, de 11 anos, que foi achada morta em uma lixeira na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, em maio passado, tinha feito alguns desenhos em seu diário que chamaram a atenção do pai, Paulo Sérgio da Silva. Ele acredita que a filha já sofria violência sexual antes de ser assassinada e teria indicado isso nas ilustrações, mas ninguém percebeu. O pedreiro Edilson Amorim dos Santos Filho, de 47 anos, confessou o crime e segue preso.

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Em entrevista ao programa “Profissão Repórter”, da TV Globo, Paulo Sérgio mostrou os desenhos feitos por Sophia. “Eu estou juntando muita prova. Não sei se vocês viram as imagens do diário dela. Lá no diário ela decretou a própria morte, ela desenhou a morte”, afirmou.

A reportagem esteve na comunidade do Guarabu, onde a garota foi achada morta, e também na casa em que ela foi assassinada pelo pedreiro. Testemunhas contaram que o homem, que é irmão da ex-madrasta de Sophia, não costumava ir sempre ao imóvel. Mas, às vezes, era visto no local.

A menina desapareceu no último dia 27 de maio, quando saiu de casa para ir até a escola, em um trajeto curto e que costumava fazer com amigas. O corpo dela foi encontrado no dia seguinte dentro de uma lixeira, com marcas de pelo menos 35 facadas.

Pedreiro confessou crimes e segue preso
Pai mostrou desenhos feito por Sophia, morta e jogada em lixeira, e acredita que a filha demonstrou que sofria abusos sexuais (Reprodução/TV Globo)

Caminhando com pedreiro

Após o sumiço, os pais passaram a procurar por Sophia no bairro e conseguiram imagens de câmeras de segurança, que mostraram a garota caminhando por uma rua ao lado de Edilson.

Assim, a polícia foi até a casa dele, onde encontrou um short que a vítima usava quando sumiu. Além disso, os agentes apreenderam no local uma faca e uma chave de fenda, que estava torta e tinha sinais de sangue. O banheiro da casa também tinha sido lavado recentemente, mas a perícia identificou material biológico.

Ao ser preso, o homem confessou que matou a menina, enrolou o corpo em uma lona e amarrou os braços e pernas com fios elétricos. Depois, o levou em um carrinho de mão até a caçamba de lixo, onde fez o descarte.

O pedreiro foi autuado em flagrante pelos crimes de estupro de vulnerável, homicídio e ocultação de cadáver. Ele passou por audiência de custódia, quando teve a prisão mantida e segue à disposição da Justiça. A defesa dele não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

Homem foi preso e confessou o crime
Sophia Ângelo Veloso da Silva, de 11 anos, foi vista caminhando com Edilson Amorim dos Santos Filho, de 47, e depois foi achada morta em lixeira, no RJ (Reprodução/Redes sociais)

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