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Condutor de Mercedes que atropelou motociclista disse que não parou por medo de ser sequestrado

Carlos Pedroni negou que tivesse participando de racha; ele deve ser indiciado por lesão corporal gravíssima

Polícia investiga o caso
Motorista de Mercedes negou que participava de racha quando atropelou motociclista e sua passageira, em Barueri, na Grande SP (Reprodução/TV Globo)

O empresário Carlos André Pedroni de Oliveira, que conduzia uma Mercedes e atropelou um motociclista e feriu gravemente sua passageira, em Barueri, na Grande São Paulo, disse à polícia que não parou para prestar socorro por medo de ser vítima de um sequestro. O homem negou que estivesse participando de um racha e também que estivesse embriagado. Apesar disso, ele deverá ser indiciado por lesão corporal gravíssima.

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O acidente aconteceu na noite de segunda-feira (20), na Alameda Rio Negro. Imagens de câmeras de segurança mostraram carros participando de um racha e, minutos depois, a Mercedes aparece e atinge o motociclista, sendo que sua passageira teve uma perna arrancada na hora. Oliveira fugiu sem prestar socorro e só se apresentou na delegacia, na quarta-feira (22), mais de 40 horas depois do atropelamento.

Após seu depoimento, Carlos falou brevemente com os jornalistas na saída da delegacia e disse estar arrependido de não ter prestado socorro às vítimas. “Não foi racha e eu não estava embriagado”, disse.

O empresário destacou que não notou que havia atingido uma moto e pensou que era uma tentativa de sequestro, pois foi vítima de um crime recentemente, e ficou com medo. “Ainda estou digerindo os fatos e agora o importante e ajudar a família das pessoas que se feriram”, garantiu ele.

Carlos André Pedroni de Oliveira se apresentou na tarde desta quarta-feira à delegacia de Barueri
Carlos André Pedroni de Oliveira se apresentou à polícia e negou que participasse de racha quando atropelou moto (Reprodução/TV Globo)

Apesar das alegações, o delegado Ednelson Martins afirmou que não está convencido da inocência do empresário. “Nós já esperávamos esse tipo de depoimento. É evidente que ele ia negar. Então, o nosso trabalho não cessa com o depoimento dele”, disse o investigador, em entrevista coletiva.

“O simples fato de ele negar o racha com as imagens que nós temos e com as que estão sendo analisadas, não nos convence. Agora, não dá para afirmar isso [que era um racha] nós temos que trabalhar com provas técnicas”, ressaltou Martins.

O delegado explicou que, neste momento, não cabe pedir a prisão de Oliveira. Apesar disso, ele deverá ser indiciado por lesão corporal gravíssima, fuga do local do acidente e omissão do socorro.

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O outro condutor filmado no suposto racha, o dentista Roberto Viotto, também prestou depoimento na quarta-feira e disse que passava em alta velocidade pelo local, mas não estava fazendo racha e não viu o acidente. Segundo disse ao delegado, quando notou que havia outro carro o seguindo em alta velocidade, ele passou a correr, pois achou que seria assaltado.

Já a vítima que perdeu a perna no acidente tem 36 anos e está internada no Hospital Central de Barueri (Sameb), após passar por duas cirurgias. Ela recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e se recupera na enfermaria.

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