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VÍDEO: Jovem que quase morreu ao cheirar pimenta tem alta de hospital: “Coisa boa estar em casa”

Mãe mostrou Thais Medeiros de Oliveira, 26, deitada em uma rede ‘curtindo’ o pôr do sol, em Goiânia

Mãe mostrou filha deitada em rede
Thais Medeiros de Oliveira, de 26 anos, teve alta de hospital e segue recebendo cuidados em casa, em Goiânia, Goiás (Reprodução/Instagram)

A trancista Thais Medeiros de Oliveira, de 26 anos, que teve uma crise grave de asma ao cheirar uma pimenta e quase morreu, teve alta do Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), em Goiânia, em Goiás, na tarde de terça-feira (16). A mãe dela, Adriana Medeiros, postou um vídeo mostrando a filha deitada em uma rede e “curtindo” o pôr do sol (assista abaixo).

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“Oi amor, você está curtindo o sol? Está curtindo o pôr do sol, numa rede, olha que delícia. Como é bom ficar em casa, né filha (...) Obrigada, Deus, por tudo. Como é bom estar com a minha filha em casa, com ela bem, com esse rosto lindo. Só tenho a agradecer a Deus por todas as coisas. Por tudo e por todos que têm nos ajudado”, disse Adriana no vídeo.

Thais estava internada desde o último dia 6 de abril. Na ocasião, o padrasto dela, Sérgio Alves, disse nas redes sociais que a jovem estava debilitada. “Ela teve uma intercorrência, começou a baixar muito a pressão, muita sudorese e os médicos acharam melhor trazer ela para o hospital”, relatou ele, dizendo que a suspeita inicial era de que a jovem estivesse com uma infecção intestinal.

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Após exames, foi constatada a presença de uma bactéria no intestino, mas ela recebeu ciclos de antibióticos e apresentou melhora do quadro de saúde, segundo relatou a mãe nas redes sociais. Assim, teve a alta médica na terça-feira.

Casa nova

A família da trancista comemorou, nesta semana, que obteve doações para comprar uma casa nova. O imóvel em que eles viviam em Goiânia tinha escadas e não era adaptado para a circulação com a cadeira de rodas. Os familiares enfrentavam muitas dificuldades para realizar os cuidados com a jovem.

Assim, a partir de doações, eles conseguiram comprar uma casa, que ainda passa por reformas e as devidas adaptações para receber Thais.

Idas e vindas ao hospital

Thais completou um ano acamada no último dia 17 de fevereiro, depois que sofreu danos cerebrais durante uma crise grave de asma. Ao longo desse período, ela teve idas e vindas ao hospital, sendo que passou mais de 70 dias em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

A família obteve a doação de um homecare particular, mas segue brigando na Justiça para que a jovem tenha o atendimento pela rede pública de saúde de Goiânia.

Porém, a prefeitura da cidade recorreu da decisão e o serviço ainda não começou a ser oferecido. Conforme a família, apesar da jovem ser acompanhada por fisioterapeuta e fonoaudiólogo, ela também precisa do atendimento de especialistas como neurologista e fisiatra. Porém, esse auxílio nunca foi realizado pela rede pública de saúde e eles foram orientados a procurar ajuda por conta própria.

A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia informou ao site G1, no início deste ano, que recorreu da decisão judicial, uma vez que Thais “não se enquadra nos critérios de atendimento”. Veja a nota na íntegra abaixo:

“A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que o Sistema Único de Saúde (SUS), não reconhece nenhuma política pública de Home Care. Goiânia custeia, com recursos próprios, um serviços para pacientes que saem da UTI, vão para casa e precisam de respiradores, ou seja, não conseguem respirar sozinhos, o que não é o caso da paciente em questão. Portanto, ela não se enquadra nos critérios de atendimento do serviço municipal e, por isso, o município recorreu da decisão liminar. O serviço que Goiânia poderia oferecer, que são visitas regulares em casa por uma equipe multidisciplinar de saúde, já é ofertado pelo Crer.”

Reação à pimenta

A trancista passou mal na tarde do dia 17 de fevereiro de 2023 durante um almoço na casa do namorado. O rapaz contou que ela cheirou a pimenta e, em seguida, começou a “perder as forças”. Ela foi levada às pressas até o Hospital Evangélico Goiano (HEG), onde foi constatado que sofreu um edema cerebral.

Ao chegar no hospital, a jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória, quando ficou cerca de sete minutos sem pulso e 15 minutos sem oxigênio. Assim, ela foi sedada e intubada para evitar danos cerebrais. Depois, foi transferida para a Santa Casa de Anápolis, onde ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Depois, foi transferida para um quarto, onde seguiu sua recuperação. No entanto, o diretor técnico da Santa Casa de Anápolis, Murilo Carlos Santana, ressaltou que o quadro dela era delicado.

Os médicos acreditam que a jovem sofreu uma crise de grave de asma ao cheirar a pimenta e, por conta da baixa circulação de oxigênio no cérebro, teve danos neurológicos. O condimento teria sido o gatilho.

A mãe da jovem havia dito que a filha sofria com bronquite desde que ficou grávida, mas ninguém sabia que ela poderia ter alguma reação à pimenta.

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