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Caso Dani Alves: qual a pena que o jogador pode enfrentar se for condenado?

Jogador é acusado de abuso sexual contra uma jovem no banheiro de uma boate, em Barcelona

Funcionários da boate que socorreram a vítima também prestaram depoimento à Justiça
Boate Sutton, onde ocorreu o suposto estupro (Reprodução)

Começou nesta segunda-feira os três dias de julgamento do jogador brasileiro Daniel Alves, preso desde janeiro do ano passado em Barcelona acusado de estuprar uma jovem no banheiro da boate Sutton, em dezembro de 2022.

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De acordo com a imprensa espanhola, até o último momento as partes tentaram chegar a um acordo no qual o jogador assumiria a culpa, pagaria uma multa muito superior aos 150 mil euros determinado pela Justiça  e uma pena mínima de 4 anos, que seria cumprida em pouco mais de um ano por bom comportamento, mas a negociação não prosperou.

Com o início do julgamento, essa opção já está descartada, agora resta à defesa lutar por uma pena menor, já que dificilmente conseguirá a absolvição diante das provas concretas e testemunhais contra o jogador.

O Ministério Público pediu nove anos de prisão para Dani Alves, mais 10 anos de liberdade vigiada e uma multa de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil). A acusação quer a pena máxima de 12 anos, uma multa de 13,5 mil euros (R$ 72,4 mil) pelas lesões e mais os 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil) determinados pela Justiça por sequelas físicas e psicológicas.

Os advogados da jovem querem ainda que a Justiça imponha uma restrição para que o jogador não possa chegar a menos de 1 mil metros da vítima e proibição de comunicar-se com ela por um período de 10 anos a mais do que a pena imposta, além de 10 anos de liberdade vigiada, após sua libertação.

A defesa do jogador vai pedir absolvição absoluta, mas caso ele seja condenado, vai tentar usar como atenuantes a alegada embriaguez do jogador no dia do abuso sexual e os pagamentos que fez a título de reparação de danos.

A promotoria solicitou ao juiz que o julgamento fosse feito a portas fechadas, mas a juíza responsável pelo caso não acatou, embora tenha proibido a gravação ou registro do julgamento pela imprensa.

A suposta vítima, entretanto, testemunhará por trás de um biombo para que sua identidade não seja divulgada e que não haja nenhum contato visual entre ela e o suposto agressor.

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