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‘Justiceiros de Copacabana’: polícia investiga grupo que promete ‘caçar e espancar’ ladrões no RJ

Imagens que circulam nas redes sociais mostram ações violentas dos criminosos e promessas de vingança

Corporação alerta que atitude é crime
Polícia investiga atuação de 'justiceiros' que buscam criminosos para espancá-los nas ruas do Rio de Janeiro (Reprodução/Redes sociais)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga um grupo que promete “caçar e espancar” criminosos que roubam cariocas e turistas, principalmente em Copacabana. Um vídeo, que circula nas redes sociais, mostram quando os “justiceiros” saem às ruas em busca dos ladrões, cobrindo os rostos, enquanto gritavam palavras de ordem e ressaltam que na “Zona Sul só tem playboy” (veja abaixo).

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Em outro vídeo atribuído ao grupo, é possível ver um jovem negro ensanguentado, depois de ter sido supostamente agredido pelos “justiceiros”. Outras imagens, que passaram a viralizar na terça-feira (5), mostram uma correria registrada entre os suspeitos entre os bairros de Botafogo e Laranjeiras.

Em mensagens, que circulam em grupo de WhatsApp, um grupo chamado “União dos Crias” diz que vai partir para cima dos criminosos com ajuda de um soco-inglês. “Eu vou partir assim, quebrar osso da cara. Deixar eles [SIC] pior do que eles deixaram o coroa”, disse um dos integrantes.

Polícia Civil apura o caso
Grupo de 'justiceiros' diz que vai usar soco-inglês para espancar criminosos, no Rio de Janeiro (Reprodução/Redes sociais)

Em nota, a Polícia Civil informou que tomou conhecimento sobre a ação dos “justiceiros” e informou que diligências são realizadas pela 12ªDP (Copacabana) e 13ªDP (Ipanema) para identificar os envolvidos e esclarecer os fatos.

A corporação ressaltou que fazer “justiça com as próprias mãos” é um crime previsto no artigo 345 do Código Penal Brasileiro, cuja pena é detenção de 15 dias a um mês ou multa, além da punição correspondente à violência cometida.

Onda de violência

Nas redes sociais, também circulam muitos vídeos de ações criminosas ocorridas nos últimos dias no Rio de Janeiro. Em um deles, um um idoso foi agredido e acabou desacordado após ajudar uma vítima de assalto na Avenida Nossa Senhora de Copacabana.

Outro caso resultou na morte do auxiliar de imigração Leonardo Alves Quintanilha, de 28 anos, que foi roubado e espancado por criminosos em um ponto de ônibus, no último dia 28. A vítima, que trabalhava no Aeroporto do Galeão, teve o protocolo de morte cerebral iniciado no fim de semana, no Hospital Municipal Souza Aguiar, e depois houve a confirmação do óbito.

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Um vídeo divulgado por moradores também mostrou várias pessoas invadindo ônibus e até circulando em cima dos veículos, em Copacabana, sem que nenhuma autoridade os impeça. Tudo isso, enquanto os bandidos abordam vítimas e levam seus pertences (veja abaixo).

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