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Procurador afirma que agrediu chefe por ser vítima de ‘assédio moral’ no trabalho, diz polícia

Ele foi detido após ser achado em clínica e passou por audiência de custódia, que manteve a prisão

Procurador Demétrius Oliveira de Macedo diz que agrediu procuradora por ser vítima de 'assédio moral' (Reprodução)

O procurador Demétrius Oliveira de Macedo, que agrediu a procuradora-geral da prefeitura de Registro Gabriela Samadello Monteiro de Barros a socos e pontapés, disse em depoimento à Polícia Civil que sofria “assédio moral” no ambiente de trabalho, o que motivou a violência. Ele passou por uma audiência de custódia no Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães, em São Paulo, na tarde de quinta-feira (23), e seguirá preso.

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“Ele admitiu que agrediu a vítima e alegou que assim o fez por sofrer assédio moral”, contou o delegado Carvalho Gregório, do 1º Distrito Policial de Registro, em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Rede Globo.

Macedo foi preso na manhã de quinta-feira após ser achado em uma clínica psiquiátrica em Itapecerica da Serra. Ele era procurado pelos policiais desde quarta-feira (22) e era considerado foragido.

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O pedido de prisão havia sido feito pela Polícia Civil de São Paulo, alegando que o acusado “vem tendo sérios problemas de relacionamento com mulheres no ambiente de trabalho, sendo que, em liberdade, expõe a perigo às vidas delas, e consequentemente, à ordem pública”.

O Ministério Público informou que destacou dois promotores para acompanhar os desdobramentos do caso.

A defesa de Macedo não foi localizada para comentar o caso até a publicação desta reportagem.

As agressões

A agressão foi filmada por colegas de trabalho e mostra a violência com que o procurador ataca Gabriella, desferindo socos e chutes enquanto ela está caída no chão, na última segunda-feira (20).

Veja as imagens (ATENÇÃO, IMAGENS FORTES)

Em seu depoimento, a procuradora-geral disse que “tinha medo” do agressor, pois ele apresentava um comportamento totalmente antissocial há pelos menos três anos e era hostil também com outras mulheres que trabalhavam no local, mas nunca imaginou que a situação pudesse virar um episódio de violência.

“Foi exposta a minha dignidade, né, como mulher. Fui desrespeitada como servidora pública, foi um desrespeito global da minha personalidade”, disse em entrevista à Rede Globo.

Gabriela contou que o motivo da agressão foi a abertura de um processo administrativo contra o procurador por conta de sua postura no ambiente de trabalho. Naquele dia, ela havia sido listada como membro da comissão que investigaria uma conduta inadequada dele com outra colega de trabalho.

Após a violência, o agressor chegou a ser levado ao 1º Distrito Policial (DP) do município, onde foi registrado um boletim de ocorrência. Em seguida, ele foi liberado e só foi preso após a repercussão do caso.

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