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Doria lamenta demora para início da vacinação de crianças contra covid-19: ‘Revoltante’

SP pretende vacinar faixa etária no prazo de 3 semanas após recebimento das doses

Pfizer não tem data para entregar vacinas pediátricas
SP diz que pretende vacinar 100% das crianças no estado em 3 semanas após receber doses Camila Batista / Semsa (Fotos Públicas)

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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), lamentou nesta quarta-feira (5) a demora para início da vacinação das crianças de 5 a 11 anos contra covid-19 por parte do governo federal. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou o imunizante da Pfizer para essa faixa etária no dia 16 de dezembro, mas até agora o repasse das doses ainda não foi definido pelo Ministério da Saúde.

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“Temos a vacina infantil contra a covid-19 aprovada há quase um mês pela Anvisa. Por ações deliberadamente protelatórias, o Ministério da Saúde ainda não disponibilizou a vacina para que as crianças possam ser imunizadas. É entristecedor e diria até revoltante”, reforçou o governador.

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Nesta tarde, o governo paulista destacou que pretende vacinar todas as crianças de 5 a 11 anos do estado, com pelo menos a primeira dose, em até três semanas. O prazo, no entanto, só começa a contar após o recebimento das doses da Pfizer.

Enquanto isso, Doria destacou que o estado ainda aguarda o parecer da Anvisa sobre a Coronavac para imunizar crianças de 3 a 11 anos. Segundo ele, assim que a vacina for liberada, a campanha começará imediatamente no estado.

“Está decidido. O Governo do Estado de São Paulo vai iniciar a vacinação de crianças, de 3 a 11 anos, assim que ela for liberada pela Anvisa. Toda a pressa e toda a velocidade para salvar vidas. Não se trata de desobediência civil, e sim respeito à vida, coisa que o governo federal não tem priorizado”, ressaltou.

Plano estadual de imunização

Segundo o governo, a capacidade da vacinação infantil em São Paulo é de cerca de 250 mil crianças por dia, além dos jovens e adultos que já vêm sendo imunizados nos 645 municípios. Há 5,2 mil locais de vacinação disponíveis em todo o estado, número que deverá ser ampliado com postos volantes em escolas da rede estadual.

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A meta é vacinar 4,3 milhões de crianças, com prioridade para 850 mil delas com comorbidades, deficiências, indígenas e quilombolas.

“Aguardamos que o Ministério da Saúde envie as doses da vacina da Pfizer, para início da vacinação das crianças, e aguardamos a liberação da Anvisa da Coronavac para a imunização desta faixa etária. Lembrando que já temos 12 milhões de doses reservadas”, afirmou o secretário executivo da Secretaria Estadual de Saúde, Eduardo Ribeiro.

O secretário ressaltou, ainda, que o governo estadual não vai exigir prescrição médica para vacinação das crianças, como defendido pelo Ministério da Saúde.

“Nós já tivemos mais de 2,5 mil casos de internações graves em crianças e dessas 93 perderam a vida, infelizmente. Desde o dia 16 de dezembro, se nós tivéssemos iniciado a vacinação, mais de 90% das nossas crianças já teriam recebido uma dose. Então esse é um momento de muita expectativa pelo imediato envio de doses suficientes por parte do Ministério da Saúde”, afirmou Ribeiro.

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