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Após 16 meses em alta, preço da carne vermelha registra queda em outubro

Apesar dessa trégua, os produtos acumulam alta de mais de 22% nos últimos 12 meses, segundo o IPCA-15

Após 16 meses seguidos de alta, o preço da carne registrou queda de 0,31% em outubro, segundo dados do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A última redução do produto, segundo a pesquisa, tinha sido registrada em maio do ano passado, com queda de 1,33%.

Os dados foram divulgados pelo IBGE na terça-feira (26). Apesar dessa trégua em outubro, as carnes acumulam alta de mais de 22% nos últimos 12 meses e inflação superior a 10% entre janeiro e outubro.

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Conforme o IPCA-15, a deflação da carne vermelha na passagem de setembro para outubro foi impulsionada pelos cortes capa de filé (-1,83%), costela (-1,68%) e pá (-1,59%). Também ficaram mais baratos o peito (-0,98%), o lagarto redondo (-0,98%), o músculo (-0,82%), o cupim (-0,67%), o patinho (-0,36%), o lagarto comum (-0,34%), o acém (-0,25%) e o filé-mignon (-0,11%).

O mercado acredita que essa queda nos preços pode ser um primeiro reflexo da suspensão das exportações das carnes produzidas no país para a China, que ocorreu em setembro passado após o registro de dois casos de vaca louca. Como os produtos não foram enviados, acabaram ficando no mercado interno e isso afetou os preços.

Mas há cortes que registraram alta em outubro, segundo o IPCA-15. Um dos exemplos é a picanha, que subiu 2,88% e o fígado, que teve alta de 0,37%. A carne de porco, que vinha sendo uma alternativa no prato do brasileiro, também subiu 0,3%.

Alternativas

Para fugir dos preços altos, os consumidores buscaram alternativas como a carne de frango, mas essa proteína também viu seus preços dispararem e, nos últimos 12 meses, acumula alta de 28,7% na peça inteira e de 31,3% nos cortes. O preço do ovo também aumentou no período, subindo 17,9% desde o ano passado.

O IPCA-15 geral de outubro teve alta de 1,20% na comparação com setembro, sendo a maior variação para o mês desde 1995 (1,34%), e a maior variação mensal desde fevereiro de 2016 (1,42%).

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