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Após prometer respeitar os direitos das mulheres, Talibã executa mulher por não usar a burca

Combatentes do Talibã atiraram em uma mulher na rua por não usar burca, mesmo após prometer respeitar os direitos das mulheres.

após prometer defender direito das mulheres, mulher é executada
Representação Imagem de Amber Clay por Pixabay

Uma mulher afegã foi executada na rua por não usar burca somente algumas horas depois que o Talibã jurou proteger os direitos das mulheres. Ela teria sido executada por um esquadrão da morte em Talogon, na província de Takhar, por não utilizar roupas islâmicas em público.

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Uma foto mostra uma poça de sangue se espalhando do corpo da mulher enquanto parentes choram ao seu redor. Embora a cena tenha sido fotografada após a retomada de poder pelo Talibã, não se sabe com exatidão a hora em que a fotografia foi capturada.

Conforme noticiado pelo The Mirror, em um outro vídeo é possível ver um comboio de combatentes do Talibã enfurecidos nas ruas de Cabul. Os homens disparam seus rifles para o alto enquanto supostamente buscavam defensores dos direitos humanos e funcionários do governo.

O caos dominou o Afeganistão depois que líderes do Talibã tomaram o palácio presidencial e declararam a capital do país, Cabul, como sendo deles. O discurso de vitória foi transmitido pela televisão na última terça-feira.

Eles prometeram reintroduzir a lei Sharia, mas também prometeram um regime mais brando do que as repressões cruéis e severas implementadas durante seu governo anterior que durou até a invasão norte-americana em 2001.

Grupo extremista prometeu respeitar os direitos das mulheres

Em seu discurso, o porta-voz do Talibã disse que o grupo está “comprometido com os direitos das mulheres”, mas apenas sob a lei Sharia.

As mulheres foram cruelmente reprimidas pelo Talibã em seu governo anterior. As leis negavam a elas direitos a educação, direitos trabalhistas e proibiam-nas de estar em público sem a companhia de um homem. As mulheres também eram obrigadas a se cobrir com burcas.

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No dia seguinte a retomada de poder pelo grupo extremista, os combatentes pediram às mulheres que retornassem à escola e ao trabalho. Um porta-voz chegou a conceder uma entrevista a uma jornalista de TV.

Porém, a realidade vista nas ruas do país foi outra. Mulheres afegãs foram “marcadas” por combatentes do Talibã. Homens, mulheres e crianças reunidos no aeroporto de Cabul foram espancados com chicotes e cordas com nós. As cenas de horror foram amplamente divulgadas nas redes sociais.

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