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Saiba como cuidar de cachorros e gatos na estação mais fria do ano

Pets precisam de atenção especial quando as temperaturas caem; confira

O inverno não está para brincadeira. Nesta semana, as temperaturas em São Paulo caíram drasticamente. Em Engenheiro Marsilac, no extremo Sul, por exemplo, os termômetros chegaram a registrar -2,3ºC na madrugada de terça-feira (dia 20). Da mesma forma que seres humanos buscam alternativas para ficar aquecidos, cachorros e gatos também fazem o que podem para se manter confortáveis e nós, claro, podemos ajudá-los nessa missão.

Os animais toleram mais o frio, é verdade. Mas isso não significa que não o sintam. «A temperatura média de cachorros e gatos é bem mais alta que a nossa e varia, em média, entre 37,5 graus e 39,5 graus. Portanto, eles têm uma resistência maior ao clima, o que varia de acordo com raça, pelagem e país de origem», explica a veterinária Lucyene Martin.

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Perceber que nem mesmo os pets estão curtindo os dias gelados costuma ser simples: basta observar se apresentam tremores. O comportamento também se altera. Eles tendem a ficar mais quietos, encolhidos e mais próximos de seus donos – para alegria de todos. «Quando estão com frio e nós estamos quentinhos, eles se aconchegam. Se estamos com um cobertor, rapidamente vêm, querem entrar debaixo dele e ficar colados a nós, aproveitando o calor», diz o também veterinário Alexandre Gurgel.

Doenças mais comuns

Se por um lado o inverno proporciona esses momentos de carinho entre animal e tutor, também pode trazer riscos. Tal qual para os humanos, as baixas temperaturas favorecem o surgimento de algumas doenças, como a Traqueobronquite Infecciosa Canina, mais conhecida como tosse dos canis. «A doença é ocasionada pelo vírus da parainfluenza e muitas vezes pode estar associada a um tipo de adenovírus. Os sintomas são gripais, em que os cães apresentam tosse com eliminação de catarro. Na maioria das vezes não é uma doença grave ou fatal. No entanto, uma bactéria oportunista pode se valer da condição e causar pneumonia», alerta Gurgel.

Outra mazela comum – esta mais perigosa e que pode até levar à morte – é a cinomose, que acomete mais os filhotes. Também se trata de um vírus, que pode ocasionar sintomas respiratórios graves, às vezes digestivos e, por fim, neurológicos.

A boa notícia é que para ambos os males há vacina. «O animal que recebe a V8 ou a V10 reduz bastante o risco de contrair cinomose no frio. O vírus da tosse dos canis também está inserido nas mesmas vacinas. Além disso, existe um imunizante específico para este último, que costumamos chamar de vacina da gripe para os cães.»

No caso dos gatos, é possível o desenvolvimento do processo que se chama Complexo Respiratório Felino. Uma vacina também está disponível para evitar esse mal, que se apresenta na forma de conjuntivites, traqueítes e pneumonia.

Cuidados do dia a dia

Além de manter a carteirtinha de vacinação dos pets atualizada, alguns cuidados devem ser tomados no dia a dia, visando o bem estar principalmente dos cachorros. Gatos naturalmente são mais independentes e requerem poucas intervenções.

«Algumas raças de pelagem curta e de países mais quentes podem usar roupinhas e cobertores como uma opção para se proteger do frio», indica Lucyene.

Quanto à higiene, nada de arranjar desculpas. «A rotina de banhos não precisa ser diminuída, desde que o local seja protegido do vento, a água seja quente e o animal fique bem seco», completa a veterinária.

Gurgel ressalta que, para cães com pelagem maior, a tosa não deve ser baixa e esclarece que, mesmo em dias mais quente, ela pode ser questionada. «No verão muitas pessoas cortam os pelos dos animais bem curtos com o objetivo de trazer mais frescor, mas o resultado pode ser o oposto. O pelo dos cachorros funciona tanto para aumentar como para dispersar o calor. Com a tosa, a pele do cão acaba ficando mais exposta, sem proteção, e o animal fica mais suscetível às altas temperaturas. Isso já é demonstrado em alguns estudos», explica.

Mesmo no frio, não prive seu animal dos tão aguardados passeios. «Se bem protegidos, eles podem ser feitos em qualquer horário. Mas é recomendado, se possível, que ocorram em horários em que a temperatura esteja mais amena, não esteja chovendo ou ventando muito», aponta Lucyene.

Tanto cachorros como gatos tendem a comer mais no inverno para que a gordura acumulada possa ajudá-los a aumentar a temperatura. «O ideal, porém, é manter a quantidade recomendada de alimento para que eles não engordem, levando a um quadro de obesidade», aconselha a especialista.

Por fim, filhotes e idosos merecem atenção especial. «Os filhotes que estão sem vacinas em hipótese nenhuma podem receber friagem. Por isso, têm que estar o mais protegido possível. Com os idosos se passa o mesmo, uma vez que seu sistema imune já não é mais tão eficiente. Às vezes precisam ficar mais dentro de casa e mais agasalhados», afirma Gurgel.

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