O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, informou ontem que os Estados Unidos voltarão a fazer parte do Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas). A medida reafirma a vontade do novo presidente do país, Joe Biden, em reintroduzir os Estados Unidos na agenda de organismos internacionais e canais diplomáticos.
O país havia deixado o órgão em 2018 por decisão do ex-presidente Donald Trump, que acusou o grupo de “hipocrisia”, em um ato de defesa de seu maior apoio a Israel.
Segundo Blinken, Biden, “instruiu o Departamento de Estado a se envolver novamente” com o Conselho na qualidade de observadores. O atual chefe da diplomacia, no entanto, afirmou que o “órgão é cheio de falhas, que precisa reformar seu programa, seus membros e suas prioridades, incluindo a atenção desproporcional que dá a Israel”.
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“Mas, pretendemos fazer isso sabendo que a maneira mais eficaz para reformar e melhorar o conselho é com os Estados Unidos presente à mesa e fazer uso de todo o peso da liderança diplomática”, diz o comunicado oficial.
A medida pode suscitar críticas de aliados internacionais que aplaudiram a atitude de Trump. Isso porque o conselho é atacado por ignorar violações de direitos humanos feitas por alguns de seus membros, como Arábia Saudita, China e Rússia.
O retorno dos Estados Unidos à agenda de direitos humanos foi uma promessa da campanha democrata no ano passado. Assim como a volta ao acordo de Paris, à Organização Mundial da Saúde e a rearticulação do acordo nuclear com o Irã.