Vandalizar monumentos federais agora é motivo para prisão nos Estados Unidos, após autorização do presidente Donald Trump emitida nesta terça-feira (23).
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Intervenções e mesmo remoções de estátuas por populares tornou-se símbolo das lutas antirracistas e anticolonialistas nos Estados Unidos e outros países, como a Europa. Monumentos representando figuras controversas da história nacional, como donos de escravos, racistas e colonizadores, têm sido questionados por ativistas pelo mundo.
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Na segunda-feira (22), manifestantes tentaram remover com uma corta uma estátua do ex-presidente norte-americano Andrew Jackson, figura admirada por Trump e lembrada também por promover o início do exílio de povos indígenas no país.
Em retaliação, o atual presidente escrevem seu Twitter que «autorizou o Governo Federal a prender qualquer um que vandalize ou destrua monumentos, estátuas ou outras propriedades federais nos EUA, com penas de até 10 anos de prisão».
Segundo o presidente, a medida pode ser aplicada inclusive de modo retroativo, responsabilizando pessoas por monumentos já vandalizados.
Andrew Jackson
Medidas de Jackson durante seu governo, entre 1829 e 1837, criadas para remover povos nativo-americanos de territórios ainda não ocupados pela sociedade pós-colonização, deram início ao movimento «caminho das Lágrimas».
Durante estes anos, dezenas de milhares de indígenas deixaram seus territórios originais, nos quais se estabeleceram por centenas de anos, para deslocar-se para áreas remotas do país. Muitos morreram no caminho.
A estátua do ex-presidente fica ao lado da Casa Branca, na Praça Lafayette, e acabou não sendo removida após tentativa dos manifestantes antirracistas.