O deputado estadual Douglas Garcia (PSL) é alvo de inquérito aberto nesta segunda-feira (8) pelo Ministério Público de São Paulo. A ação vai apurar se o parlamentar utilizou equipamentos da Assembleia Legislativa de São Paulo para elaborar um «dossiê» com nomes, fotos, telefones, endereços e outros dados de manifestantes pró-democracia.
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O texto tem provas nas próprias redes sociais de Douglas Garcia, onde ele solicita, sem aparo legal, o envio de informações de pessoas intituladas ‘antifas’ ou ‘antifacistas’. Sob tais rótulos se denominam alguns dos manifestantes que veem, nos atos de instituições como o governo federal, sombras do movimento fascista.
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Assim como membros do Planalto, Garcia se diz favorável à denominação dos grupos antifascistas como «organização terrorista, grupo ou movimento radical e violento que prega o extermínio aos conservadores e aos opositores políticos».
Questionado, o deputado afirmou que, enquanto não tiver acesso ao teor do inquérito, ele não irá se manifestar.
Na portaria de abertura do inquérito, determinada pelo promotor Paulo Destro, é solicitada a apuração da «notícia da suposta prática de atos de improbidade administrativa pelo deputado Douglas Garcia, que sem aparo legal, atentando contra o Estado Democrático de Direito, promovendo a intimidação, perseguição e criminalização, disseminando e incitando o ódio, intolerância e violência, teria utilizado, indevidamente, a máquina pública administrativa».