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Outras condenações da Lava Jato podem ser anuladas pelo STF, afirmam especialistas

Marcelo Camargo/Agência Brasil

O plenário do Supremo Tribunal Federal deverá reavaliar a tese que fundamentou a decisão da Segunda Turma da Corte que anulou a condenação do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine, na Lava-Jato por uma questão processual. O ministro Edson Fachin encaminhou ao colegiado caso semelhante envolvendo o ex-gerente da Petrobras Márcio de Almeida Ferreira. Ainda não há data para julgamento.

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Segundo especialistas em Direito e Processo Penal, a decisão está amparada na segurança jurídica, pois não houve o devido processo legal. Nele, a última manifestação deve ser da defesa – no caso anulado, a defesa teve que se manifestar antes do própria acusação (o delator), quebrando princípios legais.

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«A decisão pode ter impacto em outros processos da Operação Lava Jato, já que em todos outros casos poderá ser invocado o efeito extensivo do recurso, com benefício a outros réus», destacam os especialistas em Direito e Processo Penal, professores da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Rogério Cury e Edson Knippel.

«Estamos diante de uma reviravolta que deverá ter grande impacto na Operação Lava Jato, com grande número de recursos», frisa o também especialista em Direito e Processo Penal, sócio da Pantaleão Sociedade de Advogados, e membro da Comissão Especial de Direito Penal da OAB, Leonardo Pantaleão.

Ao todos, 32 sentenças que envolvem 143 réus da Lava-Jato em Curitiba podem ser enquadradas em decisão semelhante à da Segunda Turma. Réus da operação no Rio, como o ex-governador Sergio Cabral, também avaliam apresentar recursos.

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