O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou nesta quinta-feira, 30, que a empresa Grow, que teve 557 patinetes apreendidos na quarta-feira, 29, estava operando ilegalmente e, por isso, teve os veículos recolhidos.
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«Nenhuma empresa está acima da lei. Não é porque é uma tecnologia nova que ela não precisa de regulamentação. Se a ausência de regulamentação fosse positiva, a gente não precisava de lei de trânsito. A empresa não se cadastrou como determinado no decreto, portanto passou a operar ilegalmente», afirmou Covas a jornalistas antes de participar da abertura do Summit Mobilidade Urbana, evento realizado pelo jornal O Estado de S Paulo em parceria com a 99.
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Segundo o prefeito, nenhuma multa foi aplicada ainda a empresas do ramo. O decreto prevê multa de R$ 100, por transitar sem capacete, a R$ 20 mil, às empresas que expuserem dados de usuários, por exemplo. No caso da punição relativa ao uso do capacete, a empresa é multada e fica a cargo da operadora repassar ou não a cobrança ao usuário.
Também presente no Summit, o secretário municipal de Mobilidade e Transportes, Edson Caram, afirmou que a Prefeitura vinha fazendo reuniões semanais com as empresas que operam no ramo. «Continuamos fazendo as reuniões com mais dez empresas que querem entrar na cidade de São Paulo e estamos trabalhando em uma regulamentação definitiva», afirmou. Ele disse não saber detalhes de como será o procedimento para a retirada dos patinetes apreendidos pela empresa.
Durante sua fala de abertura no Summit, Covas voltou a falar sobre a polêmica. «Não sou contra a inovação, mas não vamos abrir mão de garantir a segurança da pessoas», declarou o prefeito.
Ônibus
Durante o evento, Covas criticou ainda a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que anulou a licitação do sistema de ônibus de São Paulo. Os novos contratos do setor seriam assinados na Sexta-feira passada, dia 24, quando a Justiça deu a sentença, e teriam validade de 20 anos.
O TJ-SP considerou ilegal o prazo do contrato. «A cidade vive o risco de ter que renovar de forma emergencial quando o contrato faria com que o poder público pudesse exigir do concessionário algo que a população requer há muito tempo, em especial a renovação da frota, ônibus com ar-condicionado, menos poluente, com menos barulho. Enfim, tudo isso agora está posto sob xeque por causa dessa decisão da Justiça», declarou.
Covas voltou a afirmar que irá construir 170 quilômetros de novas ciclovias na cidade e requalificar 310 quilômetros dos 500 já existentes. Ele criticou a forma como a malha cicloviária foi ampliada durante a gestão Fernando Haddad (PT). «Estamos terminando o plano cicloviário para que a gente possa dar mais conectividade às ciclovias. Não tenho nada contra as ciclovias, mas há uma discussão quanto à forma que elas foram feitas. Entendo que elas foram salpicadas. Se jogou ciclovia na cidade da mesma forma que se joga orégano em pizza.»
Além disso, o prefeito prometeu requalificar 1,5 milhão de metros quadrados de calçadas até o ano que vem, em um investimento total de R$ 400 milhões.