O vice-presidente Hamilton Mourão minimizou nesta sexta-feira (1º) a sinalização do presidente Jair Bolsonaro de que pode ceder em alguns pontos da reforma da Previdência, como a redução da idade mínima de aposentadoria para mulheres. De acordo com Mourão, Bolsonaro foi «mal interpretado».
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«O presidente mostrou que tem coisas que o Congresso poderá negociar ou mudar. Só isso. Não que ele concorde», disse. Mais cedo, o líder do governo na Câmara, major Vitor Hugo (PSL-GO), também disse que a fala do presidente de quinta-feira apenas sinalizou «a disposição do governo de negociar».
Mourão também disse que a reforma da Previdência agora é do Congresso, que vai analisar a proposta feita pelo governo e vai fazer as mudanças que julgar necessárias. «O governo não tem que concordar. A partir de agora está na mão do Congresso, que é o local para discutir o assunto porque ali estão os representantes de todos os segmentos da população», disse.
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Mourão também reiterou a informação dada nesta manhã pelo chanceler Ernesto Araújo de que o Brasil não tem procurado representantes do regime de Nicolas Maduro para estabelecer qualquer tipo de diálogo com o governo da Venezuela.
Na quinta, Bolsonaro admitiu que poderia conversar com Maduro. Segundo Mourão, o presidente respondeu a uma «pergunta hipotética». Porém, sobre um possível diálogo, Mourão disse que «alguém tem que conversar». «O Donald Trump não foi conversar com o Kim Jong-un?», disse em alusão ao recente encontro entre o presidente dos Estados Unidos e o líder da Coreia do Norte.