A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, negou nesta segunda-feira (21) as hipóteses de convocar um segundo plebiscito sobre o Brexit ou de pedir o adiamento da saída do país da União Europeia, marcada para ocorrer em 29 de março de 2019.
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No último dia do prazo dado pelo Parlamento para o governo apresentar uma alternativa a um rompimento sem acordo, a premier disse estar disponível a um «diálogo construtivo e sem pré-condições com a oposição» sobre o «plano B».
Em seu pronunciamento, May afirmou que conversará com parlamentares dos dois lados para ouvir suas preocupações referentes ao acordo, antes de retornar a Bruxelas para renegociar o Brexit com os líderes da União Europeia.
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Os Estados-membros remanescentes no bloco, no entanto, rechaçam a hipótese de reabrir as tratativas e já falam em se preparar para um divórcio sem acordo. De acordo com May, um segundo plebiscito sobre a questão «minaria a confiança» do povo britânico na política.
A ideia de convocar os eleitores às urnas novamente é defendida por parte da oposição, que alega que muitas pessoas foram induzidas a votar pelo Brexit por notícias falsas e omissões sobre os prejuízos para o Reino Unido. De acordo com a premier, não há maioria no Parlamento para aprovar uma nova consulta.
Além de pedir um maior envolvimento do poder Legislativo, May ressaltou seu compromisso em encontrar uma solução que mantenha aberta a fronteira entre a Irlanda do Norte, território britânico, e a República da Irlanda, país-membro da UE, afastando a hipótese do «backstop».
A manutenção de fronteiras abertas é um dos princípios do acordo de paz de 1998, e há o temor de que qualquer tipo de controle possa fazer renascer a violência nas Irlandas.
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O «backstop» é um mecanismo que prevê fronteiras abertas entre os dois territórios caso Londres e Bruxelas não aprovem um acordo comercial no período de transição, que terminaria em 31 de dezembro de 2020, prorrogável por mais um ano.
Grupos pró-Brexit, no entanto, alegam que isso criaria uma espécie de fronteira entre a Irlanda do Norte e o restante do Reino Unido, o que poderia abrir caminho para a fragmentação do país.
Para manter fronteiras abertas, as Irlandas precisariam seguir as mesmas regras comerciais e aduaneiras, o que implicaria negociar um acordo mais amplo com a UE, algo improvável de acontecer em pouco mais de dois meses.