Faltando dez dias para deixar o cargo, o governador Geraldo Alckmin autorizou nessa terça-feira, 27, que o prédio onde seria construído o «Museu Lula» em São Bernardo do Campo, na região do ABC Paulista, seja ocupado por uma Fábrica de Cultura.
O projeto do Museu do Trabalho e do Trabalhador, como seria chamado o Museu Lula, foi idealizado pelo ex-prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, do PT. O ideia de substituí-lo por uma Fábrica de Cultura foi do atual prefeito, Orlando Morando, do PSDB.
A primeira unidade do projeto Fábrica de Cultura foi entregue por Alckmin nesta terça em Diadema.
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Protesto
Durante sua passagem por Diadema, o pré-candidato à Presidência pelo PSDB enfrentou um protesto localizado. Após o discurso de Alckmin, pelo menos quatro professores com camisetas da Apeoesp soltavam gritos como «Cadê o salário dos professores?» e «Cadê os 2% do Iamspe que ele não paga?», em referência à contribuição paga por servidores ao Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual.
Enquanto os professores protestavam, apoiadores gritavam frases como «Geraldo presidente». O governador, ao mesmo tempo, posava para selfies com moradores. O grupo contrário foi contido por seguranças enquanto o tucano visitava as obras do prédio.
Unidades só funcionarão em 90 dias
As atividades nos prédios inaugurados em Diadema nesta terça-feira só devem iniciar a partir de 90 dias e dependerão de organizações sociais para o funcionamento. Além da Fábrica de Cultura, Alckmin também abriu uma nova unidade da Rede Lucy Montoro.
Para ter atividades, o governo deve selecionar organizações sociais para gerir tanto a unidade de saúde quanto a Fábrica da Cultura. As instituições terão ainda a responsabilidade de equipar o prédios. A administração estadual assinou a autorização para o chamamento público nesta terça-feira.
Apesar de o edifício da Fábrica de Cultura ainda estar inativo, o governador prometeu que a unidade abrigará teatro, biblioteca, sala de música, circo e dança, além de oferecer cursos na área cultura e contar com refeitório, ambulatório e vestiários.
Em uma área próxima, o tucano entregou o chamado «Quarteirão da Saúde», onde o governo investiu R$ 2 milhões para obras que foram executadas pela Prefeitura de Diadema. O local servirá para atendimento especializado a pessoas com deficiência física, além de fisioterapia, fisiatria e traumas.
Alckmin, que em seu discurso classificou Diadema como «capital da cultura», afirmou que será possível gerar 200 empregos nos dois locais.