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Campanha contra febre amarela será estendida em São Bernardo

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São Bernardo anunciou que vai prorrogar a campanha de dose fracionada contra a febre amarela. Oficialmente, a Secretaria de Estado da Saúde pretende encerrar a ação estadual no sábado. O município tem dois casos registrados da doença neste ano, dos quais um homem que contraiu o vírus dentro do município, e imunizou 269.432 pessoas até quinta-feira, segundo a prefeitura.

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As doses aplicadas correspondem a apenas 38% da população alvo – 707 mil pessoas. São Bernardo diz que manterá a imunização a partir de segunda-feira, em 34 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e nove UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) 24 horas, até finalizar o total de vacinas.

A baixa adesão à campanha de vacinação não é diferente nas demais cidades da região. Santo André diz ter imunizado, até quinta-feira, 176.235 pessoas –  o município recebeu em torno de 800 mil doses, segundo a prefeitura. Diante do número pequeno (22% do total previsto), o município também deve seguir o mesmo caminho de São Bernardo e estender a campanha, conforme o Metro Jornal apurou.

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Já São Caetano, até as 14h de quinta-feira, afirmou ter aplicado 60.023 doses. O público-alvo é de 89.713 pessoas.

    As sete prefeituras da região, juntas, dizem ter vacinado, até quinta-feira, 795.116 pessoas. A previsão inicial da campanha era imunizar 2,3 milhões no ABC. Portanto,  apenas 34,5% do público foi atingido pela ação.    

Dia D

A fim de aumentar as estatísticas e, consequentemente, prevenir a população da doença, as sete prefeituras, bem como outras 47 cidades do Estado, realizam sábado o ‘Dia D’ de vacinação contra a febre amarela – a maioria nas UBSs.

A Secretaria de Estado da Saúde informou, em nota, que o “encerramento da campanha continua sendo sábado”.   

Vítima foi a festa em Mairiporã

Festa em chácara com familiares e amigos na primeira semana de janeiro em Mairiporã, cidade paulista com surto de febre amarela, foi fatal para o então morador de 33 anos da Vila Conceição, em Ribeirão Pires.

A vítima, que não será identificada, não havia sido imunizada contra a doença. Do grupo de cerca de 60 pessoas, foi o único a contrair o vírus, segundo  amigos ouvidos pelo Metro Jornal.

De volta ao ABC e com sintomas da doença, passou por quatro hospitais particulares, três na região e um na capital, até chegar ao diagnóstico final. Na quarta-feira, morreu após complicações de um transplante de fígado após 15 dias internado.

Engenheiro, mas que atuava com vendas, o jovem foi enterrado na quinta-feira no Cemitério São José, na cidade onde morava. Ele é a primeira vítima fatal da doença na cidade e a segunda no ABC – a outra foi em Santo André. Era casado e a mulher dele não havia se imunizado também.  

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