Pelo quinto mês seguido, mais postos de trabalho formais foram abertos do que fechados no país. Em agosto, o Brasil registrou a criação líquida de 35.457 vagas com carteira, melhor resultado para o mês desde 2014, quando foram abertos 101.425 postos.
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No ano, o país acumula um saldo positivo de 163.417 vagas, reforçando a avaliação de lenta e gradual recuperação da economia. O resultado já é bem melhor se comparado com mesmo período de 2016, quando 651.288 postos haviam sido fechados. Em 12 meses, no entanto, o saldo segue no vermelho, com fechamento de 544.658 postos.
“Quem tiver uma vela pode acender, quem tiver Ave Maria pode rezar”, disse o coordenador-geral de estatísticas do Ministério do Trabalho, Mário Magalhães, ao ser questionado sobre a previsão para o fim do ano.
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Segundo Magalhães, o mês de dezembro, em geral, tem fortes resultados negativos. A torcida, diz o coordenador, é para que as contrações de setembro ou outubro, quando são criadas vagas para as vendas de final do ano, compensem o resultado negativo sazonal de dezembro.
Em agosto, a geração de emprego foi puxada principalmente pelo setor de serviços, com abertura de 23.299 postos. Aparecem também como destaques positivos: indústria da transformação (12.873 vagas), comércio (10.721) e construção civil (1.017). Na ponta negativa, estão agricultura (-12.412), serviços industriais de utilidade pública (-434) e indústria extrativista mineral (-135).
A taxa ainda elevada de desemprego vem recuando, mas o resultado tem sido impulsionado sobretudo pelo aumento da informalidade. Segundo o IBGE, no trimestre de maio a julho, 12,8% dos brasileiros estavam desocupados, número que representa 13,3 milhões de pessoas procurando emprego.