Uma jovem sofreu assédio sexual em um ônibus na avenida Paulista, na região central de São Paulo, na tarde desta terça-feira, 29. De acordo com a Polícia Militar, o caso aconteceu por volta das 13h.
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Segundo relato de testemunhas, a jovem estava sentada em um banco ao lado do corredor, quando o suspeito, que estava em pé na sua frente, tirou o pênis da calça e ejaculou.
Após o crime, o motorista da linha 917M-10 Morro Grande parou a condução a poucos metros do cruzamento da Paulista com a alameda Joaquim Eugênio de Lima e determinou que todos os passageiros descessem do transporte, ficando apenas o agressor, enquanto ligavam para a polícia. Em poucos minutos, o local reuniu dezenas de pessoas, curiosas e revoltadas com o crime.
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A jovem ficou sentada em um canteiro, em frente ao ônibus, recebendo o apoio de mulheres desconhecidas, que logo ligaram para a sua família. Muito abalada, ela foi abordada por várias pessoas que ofereceram de palavras de consolo até acompanhá-la à delegacia.
Uma mulher de uma associação de apoio a vítimas de violência sexual percebeu a movimentação e foi falar com a jovem, passando o contato do grupo e pedindo que ela entrasse em contato.
Da multidão, pessoas gritavam por justiça, xingavam e ameaçaram o linchar o agressor. Os policiais chegaram rapidamente após o ocorrido no local, em bicicletas e motos, e se revezaram para falar com o homem e para impedir que chegassem perto do ônibus.
Após minutos, uma viatura encostou ao lado do ônibus, pelo lado dos carros na avenida e o homem foi levado. Algumas pessoas chegaram perto da escolta para xingar o agressor e a polícia que o levava. «Para de protegê-lo», disseram. O caso foi encaminhado para o 78º Distrito Policial (Jardins).
Sindicato condena o assédio
Em nota, o Sindicato dos Condutores de São Paulo manifestou apoio à vítima e repúdio ao assédio. A entidade também pediu uma punição justa para o agressor.
Confira a nota:
A direção do Sindicato dos Condutores de São Paulo lamenta veementemente mais um ato de assédio dentro do transporte coletivo municipal, como o ocorrido hoje (29/08) na Avenida Paulista, colocando em risco a segurança de trabalhadores e passageiros.
Este triste episódio também revela a importância do cobrador, que se postou como um agente social, tomando as providências necessárias para socorrer à vítima, resguardando o bem-estar dos demais passageiros e possível evasão do agressor do interior do ônibus.
Desejamos que a passageira seja plenamente confortada e atendida em suas necessidades pelos órgãos competentes, vendo a justiça aplicar a pena corretiva ao seu agressor.
Pede-se, por meio desta nota, uma vez mais que as autoridades de segurança pública intensifiquem a fiscalização no transporte público, em prol da manutenção dos valores sociais como respeito, segurança, além do direito de ir e vir.