Dados da Secretaria de Segurança Pública mostram recuo no total de latrocínios – roubo seguido de morte – na capital no 1º semestre deste ano em relação aos seis primeiros meses de 2014 e de 2013. Foram registrados 58 casos do crime nas delegacias da cidade, 23,68% a menos do que no primeiro semestre do ano passado.
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A divulgação dos dados de violência no mês de junho e no 1º semestre mostrou, porém, forte aumento nos roubos a banco: foram 47 casos neste ano e 38 nos seis primeiros meses do ano passado, alta de 23,68%.
Na avaliação do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, 46 anos, pode ter havido migração dos casos de furto a caixa eletrônico para roubos a banco, devido à repressão ao primeiro tipo de crime. “A variação dos roubos a banco foi baixa e concentrada em dois meses.”
Quase todas as demais ocorrências tiveram queda no semestre: roubos e furtos de veículos, roubos e furtos em geral e homicídios (veja quadro no fim do texto).
Moraes negou que a queda de roubos e furtos se deva a um menor registro de crimes ocorridos em razão de, por exemplo, delegacias que estariam se recusando a fazer boletim de ocorrência de roubo de celular quando a vítima não tem o código do aparelho, chamado Imei.
“Tivemos aumento de 3% nos roubos de celulares e editei aviso publicado em Diário Oficial ratificando que, em caso de registro pessoal desse crime, não é necessário apresentar o Imei.” O número só é necessário, disse, se a vítima quiser bloquear o aparelho.
Clique no gráfico para ver o relatório completo dos crimes no ESTADO | Divulgação/SSP-SP
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Estado quer assumir o policiamento de federais
O Estado de São Paulo aguarda pedido de convênio feito ao Ministério da Justiça para assumir o policiamento dos trechos paulistas das rodovias federais Presidente Dutra, Fernão Dias e Regis Bittencourt.
A ideia, segundo o secretário Alexandre de Moraes, é que o Estado coloque seus agentes no patrulhamento e, em contrapartida, receba da União scanners móveis que ajudam no trabalho.
Assim, os policiais rodoviários federais que hoje patrulham essas rodovias poderiam, na visão do secretário paulista, reforçar o policiamento em outros trechos dessas estradas.
Na visão de Moraes, colocar agentes paulistas nesses trechos ajudaria nas ações de combate ao roubo de carga e ao tráfico de entorpecentes ao concentrar num só órgão as informações sobre tais crimes.
Ministro descarta
Em Brasília, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, descartou ontem passar à polícia paulista o patrulhamento desses trechos de rodovias. Para o ministro, a possibilidade que há é integrar as atuações das polícias rodoviárias estadual e federal.
Clique no gráfico para ver o relatório completo dos crimes na CAPITAL | Divulgação/SSP-SP
Governo nega que tenha feito acordo com o PCC
O governo do Estado negou ontem que tenha feito acordo com o PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que controla os presídios do Estado, em 2006, quando foi decretado “toque de recolher” em várias cidades, incluindo a capital.
A denúncia consta de reportagem publicada ontem pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. Segundo o texto, um delegado da Polícia Civil revelou à Justiça que foi feito um acordo entre Marcola, chefe do PCC, e representantes do então secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, atual secretário do Governo do Palácio dos Bandeirantes. Teria sido combinado que os criminosos se renderiam em troca de manter sua integridade física.
Pela manhã, o secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, negou acordo com a facção. “Não fazemos acordo com bandidos, sejam de facção criminosa ou não.”
À tarde, o governo do Estado também negou tal acordo. “O fato de o Estado ter concordado em não haver represália contra os presos não significa acordo. É obrigação do Estado não fazer represálias.”
Clique no gráfico para ver o relatório completo dos crimes na GRANDE SP | Divulgação/SSP-SP
