SP-Arte chega à 10ª edição em meio a forte aquecimento do mercado

A coleção de Mauro Finatti tem cerca de 80 obras | André Porto/Metro

A SP-Arte está de volta e acontece desta quinta-feira até domingo no Pavilhão da Bienal. Nos dez anos desde seu surgimento, o mercado de arte no Brasil cresceu consideravelmente, com um número cada vez maior de galerias abertas por ano e o surgimento de uma nova geração de colecionadores.“Na primeira edição éramos capazes de organizar a feira com apenas 40 galerias e todas eram brasileiras. Hoje em dia cerca de 40% são internacionais”, diz a diretora do evento, Fernanda Feitosa. Segundo ela, a profissionalização do mercado ocorreu em paralelo ao aumento do repertório de obras e do potencial de compra dos jovens colecionadores, permitindo uma expansão cada vez maior.

Um desses colecionadores é o advogado Mauro Finatti, que tem cerca de 80 obras. “Frequento a SP-Arte desde o começo. É inacreditável como a própria feira expandiu. Passei a ir em muitas das galerias presentes e virei cliente”, conta ele, que é frequentador assíduo da Leme, no Butantã.

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Sua coleção teve início em 1999, quando morava em Nova York. De lá para cá, ele voltou ao Brasil e participou de núcleos de colecionadores até decidir continuar sua coleção com pinturas, fotografias, esculturas e objetos, em geral, de arte contemporânea.

Com um acervo menor e mais baseado em gravuras, Patricia Cornish possui cerca de 20 obras, entre artigos de nomes como Miró, Picasso e Tarsila do Amaral. “Colecionar é contagiante, quando você tem uma obra começa a querer comprar mais”, conta ela, que abandonou o mercado financeiro para se tornar curadora em 2011.

Cornish abriu recentemente uma galeria on-line onde divulga obras de artistas britânicos contemporâneos.  Ela tem dicas para quem pretende se tornar comprador. “Sugiro visitar galerias e museus, definir seu gosto e pensar no orçamento”, diz. Outro conselho é que gravuras e pinturas pequenas são itens em geral mais acessíveis.