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Em trama com inspirações reais, ‘Papicha’ mostra resistência ao radicalismo

«Papicha», que estreia nesta quinta-feira (31), parece simples. A protagonista é uma garota chamada Nedjma, que produz vestidos que vende em banheiros de baladas. Ela estuda, tem um grupo de colegas.

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E tudo se passa em Argel, capital da Argélia, nos anos 1990, quando a islamização alastra-se pelo país e a moda, mais que supérflua, é considerada ofensiva ao status da mulher na sociedade religiosa. Radicais islâmicas invadem as salas de aula para advertir (ou ameaçar).

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O momento é delicado, mas sob certo controle da protagonista, até que um tiro altera sua vida. Tudo muda: o tom, o ritmo, a ambição. Nedjma resolve desafiar as radicais, e passa a ser perseguida.

O filme da diretora Mounia Meddour baseia-se livremente numa história real. É, em parte autobiográfico, como conta a cineasta. «Cursei a faculdade num campus como o mostrado no filme e, ao final do primeiro ano, quando tinha 17 anos, minha família precisou deixar a Argélia, pois intelectuais e artistas estavam sendo ameaçados. Meu pai era cineasta», lembra.

«Papicha» estreia depois de integrar a Mostra Internacional de SP. Em maio, participou do Festival de Cannes, integrando a seção Un Certain Regard, a mesma em que «A Vida Invisível» foi o melhor filme.

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