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Super Drags: Primeira animação brasileira da Netflix é feita para chocar

“É homem? É mulher? Não, são as Super Drags!”. Esta é a segunda frase que aparece no episódio de abertura da nova série brasileira da Netflix, “Super Drags”, a primeira animação feita por aqui a entrar no streaming.

A frase é a prova de que as heroínas drag queens com um arsenal de piadas sexuais e um robô em formato de pênis como ajudante não estão ali para explicar nada, mas para rir da confusão que elas mesmo causam.

A série entrou no Netflix há poucos dias e, em tempos de fake news protagonizando os debates, já foi acusada de propagandear “ideologias de gênero”. Antes mesmo de estrear, o programa já havia recebido notas de repúdio de diversos organismos, em sua maioria religiosos, pela influência que poderia ter em crianças. O discurso é combatido na primeira frase de “Super Drags”: “Este desenho é para maiores de 16 anos”.

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Afinal, o que é?

De fato, excetuando-se o visual da animação, fortemente inspirado em animes como “Sailor Moon” (1992), não há nada infantilizado em “Super Drags”, muito pelo contrário.

A trama narra a história de três jovens gays que são escolhidos para se tornar super-heroínas drag por uma mentora, dublada e completamente inspirada na drag queen Silvetty Montilla.

A drag queen cantora Pabllo Vittar também faz uma participação na série, dublando Goldiva – personagem que tem visual cheio de referências a RuPaul.

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Depois de tiradas as crianças da sala, o público heterossexual também pode se divertir com o programa, que apresenta um enredo surpreeendentemente bem trabalhado para apenas cinco episódios de 23 minutos.

A Netflix não garantiu se a série terá uma segunda safra de episódios, mas quem se propuser a ver os já disponíveis, certamente ficará
sedento por mais.

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