Foi inaugurada nesta segunda-feira (17) a mostra em homenagem à atriz italiana Sophia Loren, chamada de «Sessão Retrospectiva», no Museu de Imagem de do Som, em São Paulo. A exposição faz parte da programação do 13º Festival do Cinema italiano no Brasil.
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«Eu tentei selecionar um pouco de cada época da Sophia. Tive que ir por década, não por trabalho, senão não caberia tudo no MIS», diz a diretora artística e curadora do Festival, Érica Bernardini. Além de sete filmes marcantes da carreira da homenageada, que completa 84 anos no próximo dia 20, a mostra também exibe 20 fotos tiradas em sets de gravação, que exaltam não só a beleza, mas também a intensidade com que ela viveu cada personagem. «A Sophia é um símbolo do empoderamento da mulher, do sucesso. Ela passou 60 anos sendo protagonista não só do cinema, mas da sua própria vida», acrescenta Bernardini.
Entre os títulos que serão exibidos até o próximo dia 22 está «Ontem, Hoje e Amanhã» (1963), de Vittorio de Sica, que conta a história de três mulheres (todas interpretadas por Sophia Loren) com personalidades muito diferentes. As múltiplas personalidades de Loren fazem par romântico com outros três personagens vividos pelo consagrado ator italiano Marcelo Mastroianni, grande parceiro profissional da diva italiana, na produção que venceu o Oscar de melhor filme estrangeiro em 1965 e o Globo de Ouro de 1964.
A atuação em «Matrimonio à Italiana», outro trabalho dirigido por Vittorio de Sica e co-estrelado por Mastroianni, rendeu à italiana uma indicação ao Oscar de melhor atriz de 1965. O auge da carreira foi atingido em 1964, quando ela recebeu um milhão de dólares para estrelar «A queda do Império Romano», de Anthony Mann e Yakima Canutt.
Além dos filmes produzidos durante os anos 1960, época áurea da maior atriz da história do cinema italiano, o longa «Um dia Muito Especial» (1977), de Ettore Scola, também terá espaço na «Sessão Retrospectiva». A produção marcou a volta da atriz às telonas, mais uma vez ao lado de Marcelo Mastroianni, após um período de afastamento para cuidar da família. A produção venceu o Globo de Ouro daquele ano, além de ter conquistado duas indicações ao Oscar (melhor ator e melhor filme estrangeiro).
Sophia Loren é o nome artístico escolhido por Sofia Constanza Brigida Villani Scicolone, que nasceu em 1934, em Roma. Após ser finalista do Miss Itália e participar de pequenas produções com o nome de Sofia Lazzaro, nos anos 1950, ela alcançou o estrelato com a atuação em «Duas Mulheres»(1961), de Vittorio de Sica. O trabalho rendeu a ela o Festival de Cannes e o Oscar na categoria de melhor atriz, naquele que foi o primeiro prêmio dado pela academia norte-americana para uma atriz que não falava inglês. «Ela conseguiu aproximar o cinema italiano de Hollywood e vice-e-versa», diz o presidente da Câmara Ítalo-brasileira de Comércio, Indústria e Agricultura (Italcam) e fundador do festival, Nico Rossini. «Além disso, ela foi a única a trabalhar com os grandes nomes da Itália, como Vittorio de Sica e Alberto Sordi, e de Hollywood, como Clark Gable, Marlon Brando e Charles Chaplin», destaca.
Ao longo dos 63 anos de carreira, Sophia Loren participou de 44 filmes e séries, que lhe renderam um Grammy, cinco Globos de Ouro, um Festival de Cannes e um Oscar honorário, em 1991. Em 1999 ela foi escolhida como uma das 25 atrizes mais importantes da história do cinema norte-americano.
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A «Sessão Retrospectiva» faz parte 13º Festival de Cinema Italiano no Brasil, que também exibirá outros 16 filmes produzidos entre 2017 e 2018 ao longo de sete dias, totalizando 68 exibições. Em 2016 o Festival teve mais de 6000 expectadores nas salas de cinema.
O Festival é realizado pela Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio, Indústria e Agricultura de São Paulo (Italcam) desde 2005. Sessão Retrospectiva – Homenagem à Sophia Loren Data: de 17 a 22 de setembro de 2018 Local: Museu da Imagem e do Som – Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo Entrada franca Programação completa já disponível no site www.festivalcinemaitaiano.com
