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Ocupação no Itaú Cultural revela outras faces da atriz Laura Cardoso

A Ocupação Laura Cardoso, que abre hoje (22) para convidados no Itaú Cultural, quis fugir do óbvio para apresentar a carreia da atriz, um dos rostos mais conhecidos da TV e do teatro brasileiros, que completa 90 anos em setembro e está no ar na novela “Sol Nascente”, da Rede Globo.

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“Tivemos a ideia de jogar luz sobre o que não se sabe dela, que veio do rádio, fez drama circense, dublagem… Ao contar isso, contamos também a história desses veículos”, diz Galiana Brasil, gerente do  Núcleo de Artes Cênicas do Itaú Cultural.

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A curadoria optou por guiar o visitante de maneira livre, apresentando o material sem ordem cronológica. “Fugimos disso porque ela faz tudo ao mesmo tempo agora. Os espaços têm entradas e possibilidades.”

Além de fotos e figurinos, a Ocupação apresenta depoimentos de colegas, como Lima Duarte, Miguel Falabella, Odilon Wagner, Carla Camuratti, Luís Melo e Vida Alves (1928-2017), que a impulsionou no início da carreira e deu um longo depoimento duas semanas antes de morrer.

Segundo Galiana, outro destaque da exposição são originais de textos com indicações da atriz para a construção de seus personagens. «Esse material de bastidor não chega ao grande público. Os textos dizem muito do processo dela, como ela anota, o que ela risca, o que acentua. É um elemento importante para entender essa criadora», afirma ela, para quem Laura Cardoso é uma «operária» das artes cênicas.

“Ela se coloca a serviço da arte de interpretar. Isso é importante nesse momento em que as coisas são muito fluidas e desaparecem rapidamente. A permanência dela é muito importante.”

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Leia entrevista com Laura Cardoso:

Qual foi sua maior dificuldade para se estabelecer na carreira de atriz?
Na verdade, não tive grandes barreiras. Meu pai me apoiou logo de início, era um homem com cabeça aberta.

A senhora poderia citar as três personagens mais desafiadoras de sua carreira?
Poderia… Mas todos os personagens são desafiadores. Sempre há um trabalho muito grande para construir um personagem. Na peça “Vem Buscar-me que Ainda Sou Teu” (1990), eu tinha que cantar, dançar e representar. [Laura ganhou o Prêmio Shell de melhor atriz por sua interpretação neste trabalho, dirigido por Gabriel Villela].

O que a torna, exatamente, uma atriz-operária?
Ser aquela que acredita no seu trabalho.

A mostra revela momentos menos conhecidos de sua carreira. De que forma essa diversificação a ajudou?
Tudo é um aprendizado, tudo é uma escola, tudo é bagagem para o meu ofício.

Serviço:
No Itaú Cultural (av. Paulista, 149, Paraíso, tel.: 2168-1776). Abre hoje (22). De ter. a sex., das 9h às 20h; sáb. e dom., das 11h às 20h. Grátis. Até 30/4.

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