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Bigas são repaginadas, mas corrida segue com cavalos de verdade em novo ‘Ben-Hur’

Apenas três filmes na história levaram 11 Oscars: «O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei» (2003), “Titanic” (1997) e “Ben-Hur” (1959). Estrelado por Charlton Heston, o spin-off bíblico baseado no romance escrito em 1880 por Lew Wallace conquistou plateias com a história de um rico judeu, traído por seu melhor amigo romano, que se apoia no desejo de vingança enquando enfrenta a escravidão por anos a fio.

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Épico presente no imaginário de várias gerações, o longa (que faz jus à expressão, com suas quase quatro horas de duração) ganha agora um remake, que estreia nesta quinta-feira (18), protagonizado pelo britânico Jack Huston e dirigido por Timur Bekmambetov (“Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros”).

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Durante passagem pelo Brasil, o ator defendeu a retomada da história em versão mais compacta. Para ele, a trama traz uma lição necessária aos dias de hoje. “A mensagem é muito punjente para o mundo atual, com suas guerras religiosas e tanta animosidade e ódio. Há tanta raiva por aí… Como você a supera? Como você enfrenta as coisas do ponto de vista do amor, da gentileza, da redenção e do perdão?”, questiona ele.

Uma das grandes expectativas do novo filme é pela épica corrida de bigas na qual Ben-Hur enfrenta o antagonista Messala (Toby Kebbell) – que, a exemplo do filme original, foi feita realmente com cavalos e consumiu quatro meses de treinos antes das filmagens. “Estamos muito orgulhosos, porque tudo o que se vê, com exceção dos acidentes, é real. É como a Nascar com quatro cavalos!”, diz.

Para ele, a tecnologia contribui para novas abordagens. “Hoje podemos rodar algo assim de uma forma nova e exploratória e tornar a experiência ainda mais imersiva”, afirma Huston.

Curiosamente, o filme colocou o ator entre Jesus Cristo, vivido por Rodrigo Santoro, e «Deus» – ou melhor, Morgan Freeman, que vive o apostador Ilderim, dono dos cavalos com os quais Ben-Hur vai correr e que ensina o ex-príncipe a domar os bichos para vencer a disputa. «Esqueci minhas falas na presença dele! A voz de Morgan Freeman já o precede!», lembra o jovem sobre o astro que já viveu mais de uma vez o papel do Todo Poderoso.

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Para encarnar um personagem já muito impregnado no imaginário coletivo, Santoro se reconectou com memórias de infância, relativas a sua avó, para construir uma versão própria de Jesus Cristo – personagem indispensável na trajetória de redenção do protagonista, apesar de uma pequena participação.

“A preparação não foi muito racional. Quis humanizá-lo o máximo possível e torná-lo mais próximo das pessoas”, afirma o brasileiro, que diz ter carregado lições da experiência para sua própria vida.

“Eu me propus a praticar esses ensinamentos, e é aí que você vê o quanto é difícil aplicá-los”, afirma ele, que enfrentou frio próximo a zero grau, nos sets da Cinecittà, na Itália, para rodar a cena da Paixão de Cristo.

Veja o trailer de «Ben-Hur»:

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